Hoje a dor acordou mais cedo. Antes mesmo do que minhas defesas. E com jeito de dona, invadiu a casa. Hoje teve lágrimas no banheiro e uma angústia criada a base de impossibilidades.
Hoje eu queria gritos. Mas só ouve ranger de dentes. A dor é silenciosamente surpreendente. Vem recheada de nãos e vestida de sonhos desfeitos. Tem a chave da porta e sabe quebrar correntes. E pouca coisa resta a fazer quando ela invade a casa.
Deixo que ela sente na poltrona. Permito que vigie todos os meus passos. Apenas me aquieto na esperança que quando a noite caia, ela parta em busca de novas paisagens.
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