tag:blogger.com,1999:blog-41387441723890941162024-02-19T08:19:19.756-08:00A Vida Sem ManualBlog com contos, microcontos e crônicas da escritora Patricia Daltro.Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.comBlogger479125tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-15293954656106461012018-12-24T08:08:00.002-08:002018-12-24T08:08:57.256-08:00Crônica Natalina<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbiKbjElaSlxSzeqLsZXk9KMjGXlV6Y3OdHOz7YeI-8BXYp55gqraL388awZGzz6T4ZLo1JVIZ4WNgipk1Ea-t7-eEwGgecFGIJ0l06K0TA6wXljcpxXsrnCZRRzCF_omWbwgWNxKUSg/s1600/christmas-card-574742_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbiKbjElaSlxSzeqLsZXk9KMjGXlV6Y3OdHOz7YeI-8BXYp55gqraL388awZGzz6T4ZLo1JVIZ4WNgipk1Ea-t7-eEwGgecFGIJ0l06K0TA6wXljcpxXsrnCZRRzCF_omWbwgWNxKUSg/s400/christmas-card-574742_1280.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Essa obsessão por comemorar natal dia 24 e dia 25 me
confunde. Natal é dia 25, catzo! Réveillon que tem essa coisa de 31 e 1º, ambos
coexistem como uma única coisa, dias em que você tem desculpa para começar a
beber assim que amanhece. No dia 31 se despedindo de toda a desgraceira do ano
anterior, no 1º, para afogar toda o medo
da desgraceira que vem pela frente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, o Natal não. Comemora-se o nascimento de Cristo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dia 25! Ninguém comemora aniversário a partir
do dia anterior. Ok, tem gente que comemora, mas nem vou considerar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, então, a fatídica ceia da virada trás a família
dividida entre os exaustos, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que.passaram
o dia inteiro com a barriga encostada no fogão, fazendo comida para um batalhão
e os famintos, os cretinos que pararam de comer às 9 da manhã para guardar a
barriga pro peru do Ramiro. Por que o Ramiro, gente, o Ramiro faz um peru
divino!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A ceia da madrugada tem todo um quê emocional. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois da oração da prima Teteia, onde cada grão de arroz é
agraciado pela bênção divina, a turba se empanturra e depois se espalham pelos
cômodos, as crianças atazanando os.cachorros, os aborrecentes postando selfies
com dizeres de infelicidade. Os adultos compartilham lembranças, manuseando
fotos antigas com dedos lambuzados de calda de pudim de leite. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se ai, nesse momento se encerrasse o ato, a vida familiar
seguiria na confortável hipocrisia de todos os dias. Mas, tem o efetivo dia do
Natal. E é ai que o tudo desanda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre as 10h da manhã, quando todos acordam, por bem ou pelo
tilintar dos garfos e copos colocados à mesa pelos anfitriões insones e as 14h,
onde começam a servir o almoço, os ressentimentos fermentam e se apuram,
hidratados por cervejas mornas e vinhos azedos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade é que às 14h ninguém mais suporta o filho da
Doralice, moleque birrento que chora de cinco em cinco minutos, quando não está
batendo nas crianças menores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ninguém suporta mais a Doralice, loira, magra e que passa o
tempo todo discorrendo sobre como o pentelho do filho é inteligente e ganhou prêmio
de soletração do colégio. Principalmente porquê ela manda o moleque soletrar
inconstitucionalissimamente toda vez!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há o revirar de olhos também para a Lidinha, terceira esposa
do primo Zeca, que faz cara de nojo para tudo que é oferecido e só come a
comida de passarinho que trouxe em mais de uma dúzia de potinhos de vidro, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>porquê só come comida orgânica, é vegana e
insiste em ensinar ao Caique, uma receita de danoninho natural feito com queijo
caseiro e morangos cultivados na Serra, no sétimo dia do solstício de inverno
por irmãs carmelitas que fizeram voto de silêncio. Sob os olhares raivosos de
Renata, esposa de Caique, que em vingança, abre um pacote de salgadinhos
carregado de sódio e gordura monossaturada e dá escondida para o filho mais
novo de Lidinha.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando todos sentam à mesa há um rancor não contido em cada
um dos presentes, a maioria já trocando as pernas. A tensão, como uma fina película,
cujo menor movimento vai romper. Os olhares se cruzam junto às travessas
fumegantes. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O conflito é eminente, por isso pouco falam, o bater dos
talheres <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é o som ambiente, ninguém quer
ser a gota que vai transbordar o copo. Só querem comer, encerrar aquilo e
voltar no ano seguinte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E é nesse clima que João, o filho pentelho de Doralice,
exclama, com a boca cheia de farofa: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Olha, mãe, o Neco
me ensinou a soletrar terraplanista - t-e-r-r-a...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um silêncio profundo invade a sala.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quebrado pelo resmungar alto de Agenor, pai de
João e esposo de uma estupefata Doralice:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-Tinha que ser o Neco
a ensinar essa merda! É isso que está aprendendo no seu colégio caro e de
renome internacional? Que a terra é plana?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Andrade suspende a garfada no ar e aponta ameaçadoramente a
coxa de peru em direção a Agenor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Melhor aprender isso que ser doutrinado por aqueles
comunistas de merda do tal coleginho federal que seu filho estuda! </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um burburinho começa na mesa. Frases soltas ditas com a
cabeça baixa, quase como se falassem para si mesma. Mas, uma se sobrepõe as
outras. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Pelo menos a filha não é sapatão... - murmura indignada
Carminha, mãe da Silvia, adolescente com fone de ouvido completamente alheia a
todos ali. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- E quem tem filha sapatão aqui? - a prima Teteia veste a
carapuça. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Ah, vai dizer que você não sabe sobre a Carol? Todo mundo
sabe que sua filhinha cola velcro! - </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Andrade se mete, ainda sacudindo a coxa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os olhares<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se dirigem
à Carol. A morena, que lutava para pegar um pedaço do peito de peru, levanta-se,
ainda com a faca de destrinchar peru na mão. Os parentes próximos se afastam
disfarçadamente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- O senhor descobriu isso quando, tio Andrade? No dia em que
fingiu não me ver lá naquele prédio na Barata Ribeiro em que subiu com a
prostituta ou quando tentou cantar minha namorada e ela mandou o senhor se
fuder? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Prostituta? Barata Ribeiro? - Vera, esposa do Andrade, indaga,
chocada ao marido. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O burburinho agora já não é mais baixo. Todos falam ao mesmo
tempo, de um lado a outro da mesa revelações são desencavadas e ofensas são
trocadas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Seu petralha, defensor do kit gay!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Fascista, filha da puta opressor!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Pelo menos não tenho bandido de estimação!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- E a laranjada, ta boa?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Vai pra Cuba!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Lambe-botas de milico!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os ânimos se exaltam e as ofensas proliferam. Ninguém
percebe a matriarca Zuleide, catando todo o bacon da farofa e colocando em um
prato. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desde que a médica a proibira de comer bacon, todos da família
faziam vigilância severa. Tinha anos que ela não comia a gordurosa iguaria. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
João senta-se ao lado da avó, assistindo a hecatombe familiar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Vó, foi a senhora que me ensinou soletrar terraplanista,
por que me mandou dizer que foi o Neco? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
- Cala a boca, menino e come um pedaço de bacon! - A
matriarca responde. Enfiando um pedaço da carne suculenta e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dourada na boca da criança.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-49540642109358357172018-09-17T01:40:00.004-07:002018-09-17T01:42:45.009-07:00Insônia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="811" data-original-width="1024" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1cz3gLGDKI8uHktiz6HYPEkCaNZVI_EJpPIjdM4oIF0esGifwHOFlLU4sTIPrtTdpP6lT_I0_kzpslzKTQGYQNBmUQsaeVNDTKkknxsBSZNx1qneF46kFSBoftMJH2zjuRsT7dpwamHs/s400/1024px-Van_Gogh_-_Starry_Night_-_Google_Art_Project.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Noite Estrelada - Van Gogh</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="gs" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Roboto, RobotoDraft, Helvetica, Arial, sans-serif; margin: 0px; padding: 0px 0px 20px; width: 744px;">
<div class="">
<div class="ii gt" id=":fd" style="direction: ltr; font-size: 12.8px; margin: 8px 0px 0px; padding: 0px; position: relative;">
<div class="a3s aXjCH " id=":f8" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 1.5; overflow: hidden;">
<div dir="auto">
<div style="text-align: justify;">
É madrugada e não durmo.Giro e reviro.Remoendo frases, fatos, acasos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A mente fervilha.Tempestades. Acizentados pensamentos</div>
<div style="text-align: justify;">
Relampejam medos.Chovem impossibilidades.Inundam certezas.</div>
<div style="text-align: justify;">
A insônia consome.</div>
<div style="text-align: justify;">
O corpo pede repouso, mas a alma se agita.</div>
<div style="text-align: justify;">
A tempestade que irrompe, amanhece. É força da natureza.</div>
<div style="text-align: justify;">
E nem mesmo a mente se atreve, por mais que o corpo padeça,<br />
interromper o vendaval que me consome.</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="yj6qo">
</div>
<div class="adL">
</div>
</div>
</div>
<div class="hi" style="background: rgb(242, 242, 242); border-bottom-left-radius: 1px; border-bottom-right-radius: 1px; margin: 0px; padding: 0px; width: auto;">
</div>
</div>
</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-70901737564562123222018-09-03T14:29:00.000-07:002018-09-03T14:29:10.301-07:00Encontro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy2TpihrG1FKQu0YLf5rukdELWk3zcjI7r-88xJpWNY4P0reMMZoxVQa7YK7h5JiCV3AI-p3wLox4a1TN_bDU4Agsd2Z9VkZE_sTlwLBodSNjucguYVwL71t8FWO7GMWGJ-qC3LfMvJeI/s1600/autoestima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy2TpihrG1FKQu0YLf5rukdELWk3zcjI7r-88xJpWNY4P0reMMZoxVQa7YK7h5JiCV3AI-p3wLox4a1TN_bDU4Agsd2Z9VkZE_sTlwLBodSNjucguYVwL71t8FWO7GMWGJ-qC3LfMvJeI/s400/autoestima.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Aprume o corpo. Se ajeite. Bote um batom na boca. Uma roupa que ame. Um sapato confortável, Se enfeite. Que hoje você tem um encontro. Aceite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esquece a outra que espreita. Silencie à que grita. Enrole as culpas em plástico bolha. Aperte, estoure. Divirta-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encare o medo que habita. Enfrente. Diga que hoje vai ser diferente. Que assim seja. E seja. Seja você a que manda. Assume. Se ame, se toque. Embriague-se em seu perfume.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje você tem um encontro. Consigo. Comigo. Com a dona dos olhos vermelhos no espelho. Com as rugas, as rusgas. Com os fios pratas do cabelo. Com o tempo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se ergue que a vida só segue.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sossegue. Sossegue no peito o cansaço, Abrace. Seque as lágrimas que insistem,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desiste, Do murro em ponta de faca. Do muro que nunca se acaba. Do abismo, com o qual sempre flerta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se abra. Para o mundo e tudo que há nele. Navegue. Levante as velas e siga. Deixe que os ventos conduzam seus passos. Se enlace com tudo que ri.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desenlace da tristeza. Hoje você tem um encontro. Com a vida, Consigo, Comigo.</div>
<div style="text-align: justify;">
E com todas nós que habitamos em ti.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-46956168264304682052018-08-30T21:42:00.000-07:002018-08-30T21:42:32.854-07:00Mentiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlx52-j2MkYQBYJk_190jPII8oAdMUdEnZF-vcXD3eqykuyL9YxT4ao_dB6JkK7_8FqqyZT8mgK-mmzZdgvcX7yTvZnaoUGlBGCeEUsHcJRZNLuP3BD3YN43o1ys1_nY8kD3a1fItMLZ4/s1600/20150115_113335.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlx52-j2MkYQBYJk_190jPII8oAdMUdEnZF-vcXD3eqykuyL9YxT4ao_dB6JkK7_8FqqyZT8mgK-mmzZdgvcX7yTvZnaoUGlBGCeEUsHcJRZNLuP3BD3YN43o1ys1_nY8kD3a1fItMLZ4/s400/20150115_113335.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Finge calmarias que não sente. Resignações que não possui. Ouve frases que machucam com um plácido sorriso no rosto. Implora perdões por erros que não cometeu. Ingere mágoas e tranqüilizantes que permitem um sono sem sonhos, sem planos, sem ausências, que ela finge não sentir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fala frases que não acredita e ri, gargalhada triste, enquanto engole o nó que não se desfaz em sua garganta. Oculta na face serena dores intangíveis e se obriga ao riso amargo da ironia, enquanto se veste de forte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chora sozinha sentada no frio piso do banheiro, deixando que a água que cai, misture-se as suas águas internas.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-2839675739970077172018-08-27T09:12:00.002-07:002018-08-27T09:12:59.698-07:00Cotidiano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPF2-3T2OGUd7Gbo5U0lxdk5-pQvUtXolTJhHV5O6kJa8gafQoczZw5c6cCIt1xQMQuosCPrn6xBoaq7OVFXIzd-2G5OpYjGydOL3j6gh8Z1kyVScNErR7Qs3mvM0hNCtzL0omon2uM1M/s1600/20180112_122314.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPF2-3T2OGUd7Gbo5U0lxdk5-pQvUtXolTJhHV5O6kJa8gafQoczZw5c6cCIt1xQMQuosCPrn6xBoaq7OVFXIzd-2G5OpYjGydOL3j6gh8Z1kyVScNErR7Qs3mvM0hNCtzL0omon2uM1M/s400/20180112_122314.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A voz da amiga distante que liga de surpresa. A pausa para o café. O Bem-te-vi que passeia por sua janela. O beijo espontâneo do filho. O elogio ao feijão com arroz de todos os dias. O bom dia da moça da padaria. O gato que se enrosca nas pernas. A mão que segura a sua. As gargalhadas durante uma conversa. O friozinho que refresca. O amor que transborda em uma postagem boba sobre acidentes domésticos.
As palavras que fluem compondo lirismo no papel. O projeto que dá certo. Os cinco minutos a mais na cama. O filme bobo que faz rir.
A vida que se desdobra em dias após o outro e no entanto, tão repletos de diferenças.
A tristeza que aperta. A saudade do que nunca foi. O medo que aprisiona. A vontade que liberta. A montanha-russa em seu looping. As lágrimas que queimam. As notícias que assustam. O carinho que transforma e transporta tudo que oprime para uma outra dimensão. O sim. O não. O verbo que falta. As pessoas que se misturam.
E os passos que continuam. Pé depois do outro na estrada escolhida. Mesmo quando não foi.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-29779006745489089252018-08-23T20:42:00.000-07:002018-08-23T20:42:57.717-07:00Incompatibilidade<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhydobm0zrjH4EPlpHQOc1MCpk5q0F8aAccYlJ_e0ZiUE_0u8aJubZZPlXYgEFdCTZoNBomrtODUaTwNeanr4qyiYw8sEWXgE8irnivTYLAUW6fsdcoVOu0APQYMn40FNyXdfKondATUiQ/s1600/IMG_20180204_035011.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1081" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhydobm0zrjH4EPlpHQOc1MCpk5q0F8aAccYlJ_e0ZiUE_0u8aJubZZPlXYgEFdCTZoNBomrtODUaTwNeanr4qyiYw8sEWXgE8irnivTYLAUW6fsdcoVOu0APQYMn40FNyXdfKondATUiQ/s400/IMG_20180204_035011.png" width="270" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando soube que caçava borboletas, terminei. Impossível entregar o coração a alguém que podava asas.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-19851450896945529102018-08-21T15:43:00.000-07:002018-08-21T15:43:21.997-07:00Cores<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJJUUxpI6JAjz6sQJhKz_IpxFaQuKpZkFSnUvD8IN3_VECcwIRZDCu81J93CL-jxui9AmyuyzSk1XOM5BaphY3nMSjK3UjpczNiBC-sFfe7IGEOEeC63-gTa4rMDrLN3JBBr__x-L1bgM/s1600/20180816_135447.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJJUUxpI6JAjz6sQJhKz_IpxFaQuKpZkFSnUvD8IN3_VECcwIRZDCu81J93CL-jxui9AmyuyzSk1XOM5BaphY3nMSjK3UjpczNiBC-sFfe7IGEOEeC63-gTa4rMDrLN3JBBr__x-L1bgM/s400/20180816_135447.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No cabelo, a cor era vermelho. A boca exibia um tom lilás, nas unhas reinava o azul turquesa. Em um mundo tão concreto, ela irradiava cores por onde passava.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-52072239916370874222018-08-17T19:24:00.000-07:002018-08-18T00:30:38.838-07:00Ausências<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg5rAhWxjR0BMnAkiLcdfnmZwCIIec81TpFFpYvXKCfb4Qg1jZan7KX0KAViIsQIv__gQ0-sxazd9gmOH4DCOv-4CYZG9ZjZea47KQhyEBML1HLYejy53l4c7SabXYdCO2ScWk9PMzGLA/s1600/IMG_20180817_224708_159.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="344" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg5rAhWxjR0BMnAkiLcdfnmZwCIIec81TpFFpYvXKCfb4Qg1jZan7KX0KAViIsQIv__gQ0-sxazd9gmOH4DCOv-4CYZG9ZjZea47KQhyEBML1HLYejy53l4c7SabXYdCO2ScWk9PMzGLA/s400/IMG_20180817_224708_159.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Falta de vontade, falta de juízo, falta de costumes, falta de afeto, falta de amores, falta de tesão, falta de sexo, falta de conversas, falta de cumplicidade... </div>
<div style="text-align: justify;">
No final, tudo se resume a ausências". </div>
[Patricia Daltro]Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-18274122961609030262018-08-15T17:59:00.000-07:002018-08-17T17:57:09.113-07:00Saudades<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg93bCgDgbA_aSvzvKdDSJqxcO8xEx_8B6LvHXKRvInGTnb7r_hnQ3Qy6nJRpQshm0cih41bsqsei0JzDftk51iirWncwCm-a8IZpLUn9NeC4jI2dab6GuOJpWcpoLomdeH_f9-4o6nbC0/s1600/20180720_135851.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1339" data-original-width="1600" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg93bCgDgbA_aSvzvKdDSJqxcO8xEx_8B6LvHXKRvInGTnb7r_hnQ3Qy6nJRpQshm0cih41bsqsei0JzDftk51iirWncwCm-a8IZpLUn9NeC4jI2dab6GuOJpWcpoLomdeH_f9-4o6nbC0/s400/20180720_135851.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
[Patricia Daltro]</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: right;">O conto "Saudades" faz parte do livro </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: right;">"A Vida Sem Manual"</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy06udSG7OAv4Qz-0ugf15BD0zxYP8c9gUAnzt0dqq1EL0eRUJnmzRVHyGrhTEJ-FrC0N80vG6yBLlcofXnXYmnKaQ0yZp7Gnq1b5mKpV8KF_65xll5kASurDfCQ4IBH_r-jtXHwCM0Mk/s1600/20180720_135526.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1212" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiy06udSG7OAv4Qz-0ugf15BD0zxYP8c9gUAnzt0dqq1EL0eRUJnmzRVHyGrhTEJ-FrC0N80vG6yBLlcofXnXYmnKaQ0yZp7Gnq1b5mKpV8KF_65xll5kASurDfCQ4IBH_r-jtXHwCM0Mk/s400/20180720_135526.jpg" width="302" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Vendas através do e-mail: </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="mailto:patricia.daltro@gmail.com">patricia.daltro@gmail.com</a></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-26196750888971380472018-08-13T15:51:00.000-07:002018-08-13T15:51:48.148-07:00Fragmentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFHkJA8VKH8XlMPJ4iBv3wOx9G8oSFATKuhfixED_ZoW1HVKejYQ1U9A8AV-607uGIzXplgB4Erm40wWjK860g2LmpVPnGZx_kFZt0AF6CNXANFzhDw8cOYY07PqgJg-u22FQ870bunB0/s1600/20160319_155545.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFHkJA8VKH8XlMPJ4iBv3wOx9G8oSFATKuhfixED_ZoW1HVKejYQ1U9A8AV-607uGIzXplgB4Erm40wWjK860g2LmpVPnGZx_kFZt0AF6CNXANFzhDw8cOYY07PqgJg-u22FQ870bunB0/s400/20160319_155545.jpg" width="240" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu que já me quebrei tantas vezes, ando aprendendo a me esfacelar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Virar um pó muito fino, que não fira ninguém ao meu redor. No máximo, uma poeira, a qual rodopie às notas do vento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, se ainda assim, minhas partes chegarem a você, que seja como um cisco suave, que saia dos olhos, após um sopro delicado ou escorra suavemente através de uma lágrima.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-80342886366554777652018-08-09T21:34:00.000-07:002018-08-09T21:34:39.876-07:00A Arte de Dormir Em Uma Cama Inflável <div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzOFKhjB4EGOYoRBCXUQmy9i_0Kzai3ftYIXxusd46IQo7w-__MBVYT7MYYa5Uta6ExAv3eXUdy-d5eMcTB_LG2fABZo2a4eM0I_5w7OZn98Mpag1fF2n3UVmfradaeVraitX3Dg39Rrc/s1600/20171007_163641.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzOFKhjB4EGOYoRBCXUQmy9i_0Kzai3ftYIXxusd46IQo7w-__MBVYT7MYYa5Uta6ExAv3eXUdy-d5eMcTB_LG2fABZo2a4eM0I_5w7OZn98Mpag1fF2n3UVmfradaeVraitX3Dg39Rrc/s400/20171007_163641.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conto integrante do livro "A Versão da Madrasta"</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Toda sua crença na humanidade e no poder infinito da sua mente caem por terra, quando sua sexta cama inflável fura. Principalmente se é inverno e você acorda com o gelo polar do chão subindo por suas costas toda noite, quando ela desinfla.<br />
<br />
Por que, como o furo é pequeno demais para achá-lo e tampá-lo, e grande demais para ir perdendo ar após a cama ser inflada, metade da noite ainda temos uma pseudo cama para chamar de nossa, a outra metade é se revirando no chão duro, buscando uma melhor posição.<br />
<br />
Contar como fomos parar numa cama inflável digna de acampamentos de verão, é longa e meio tediosa, resta saber que a cama foi o último dos móveis a abandonar o navio. O primeiro foi a mesa, que quebrou no inicio da maior das crises, um pouco antes do desemprego do marido, talvez pressentindo os dias que viriam.<br />
<br />
Como um motim, moveis e eletrodomésticos foram se quebrando um a um, sobrando apenas o básico para sobrevivência. E, a cama, que nos abandonou num estalar continuo, até não conseguir manter-se mais na sua função maior, que é a de permitir uma noite de sono tranquila.<br />
<br />
Constatado que não haveria mais cama, surgiu a dúvida: o que fazer? Quando o dinheiro não dá para comprar cama nova, sequer um colchão de quinta, resta a opção, colchonetes ou cama inflável? O preço definiu a escolha e foi assim, que começou toda uma dinastia de camas infláveis em nossa casa.<br />
<br />
Dormir numa cama inflável é uma arte. Primeiro é preciso liberar todo o seu lado infantil - a sensação é quase a mesma de brincar de pula-pula.<br />
<br />
Segundo: uma parceria com seu companheiro é fundamental, afinal, um outro brinquedo bastante similar a uma cama inflável é uma gangorra. Se um lado desce, o outro sobe e se o lado que descer foi mais abrupto, o lado que sobe pode acabar no chão, numa cena digna da maior das videos-cacetadas.<br />
<br />
Terceiro, e não menos importante, mantenha crianças e/ou animais distantes da mesma, por que por mais que a propaganda mostre um trator passando por cima da cama e um prego sendo empurrado e ela lá, impávida e colossal - isto não é verdade, ela fura com um arrastar da sua unha mal-cortada do dedão do pé. Ou com uma vareta de plástico sendo espetada nela...<br />
<br />
O melhor de dormir numa cama inflável é transar nela (nela, e não com ela, faz favor, uma cama inflável, não é uma boneca inflável!). Sério, se nunca experimentou e anda a fim de dar uma incrementada na sua vida sexual, experimente.
Não importa a posição: papai e mamãe ou canguru perneta, a flexibilidade da cama te transforma numa ginasta, e o resultado final, hummm, só experimentando para saber. Se fosse da empresa de marketing do produto, nada de tratores ou pregos.<br />
<br />
Na propaganda, mostraria um casal exercitando o KamaSutra - tenho certeza de que venderia muito mais, do que mostrar um casal lendo, enquanto flutuam numa piscina - pensando bem, a cama flutuando numa piscina, enquanto um casal manda ver, seria bem interessante também.<br />
<br />
O pior dela, sem dúvida, é o acordar. E se ela furar e você acordar com os pulmões recebendo o ar gelado do chão, é pior ainda. E, acordar numa cama inflável furada, faz invariavelmente, você avaliar sua vida.<br />
<br />
Na verdade, ao abrir os olhos, o primeiro pensamento é: - Putz, que merda andei fazendo da minha vida? - similar ao acordar após um porre-de-vinho-sangue-de-boi. Toda sua vida passa diante dos seus olhos, todas as suas escolhas erradas... A diferença é que se todos esses pensamentos surgiram oriundos de uma noite mal dormida numa cama inflável, você apenas respira fundo e levanta para encarar o dia. Se for fruto do vinho vagabundo, levantar e seguir em frente, é impossível, pelo menos nos próximos três dias.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-29996399680544654942018-08-06T18:21:00.000-07:002018-08-06T18:35:38.162-07:00Amém!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2KlmNwALashrvkKz2_u14U9p3bsiRfZ9TJ7rpYsgqKQpYgPOuj1Da7DF0PtBiHoGXB-YKznLXcaVmYzNAjXYKRl1sDHXNmbZRj1oSODjZ14sm7sCEd2Q7HUuDnQz5jF3rOD1OEreDKsY/s1600/20180720_115553.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2KlmNwALashrvkKz2_u14U9p3bsiRfZ9TJ7rpYsgqKQpYgPOuj1Da7DF0PtBiHoGXB-YKznLXcaVmYzNAjXYKRl1sDHXNmbZRj1oSODjZ14sm7sCEd2Q7HUuDnQz5jF3rOD1OEreDKsY/s400/20180720_115553.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
Toda vez que tenho que ir ao Centro, pego o 355 e essa viagem de 1h e 30m rende histórias interessantes. </div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
Sou dessas que ando de antena ligada nos papos que rolam a minha volta, minha veia escritora se atiça, toda vez que um causo interessante se aproxima.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Terça agora foi dia de sacolejar o esqueleto no busum. Dá uns 30 minutos e entrou um pastor. Distribuiu uns santinhos e começou a pregar a palavra. Confesso que desliguei. Mas, eis que ele termina o que quer que tenha dito, com um amém. O ônibus: cri cri cri.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele repetiu o amém mais alto. Cri cri cri. Dai, ele ficou puto. JESUS QUER O SEU AMÉM! REPITAM AMÉM! Um amém constrangido surgiu no fundo da condução. Não satisfez o homem: É O DIABO QUE NÃO DEIXA VOCÊS DIZEREM AMÉM! LARGA O DIABO E VEM PRA JESUS! TODO MUNDO COMIGO:AMÉM! </div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ele gritava e sacudia a Bíblia. Comecei a achar que iria arrancar o amém batendo na gente com o livro sagrado. </div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
O trocador camarada mandou descer que não queria confusão no ônibus dele.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meia hora de calmaria, entra o camelo sincerão: Biscoito champanhe por dois real! Não é roubo não, minha gente. O caminhão tombou perto de casa e a gente precisa trabalhar! Só consegui pegar essa caixa, bora ser camarada com o amigo aqui que tem dois filhos, esposa, sogra e cunhada para cuidar. </div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
(Começo a rir por dentro, mas com respeito). Dai atrás de mim duas donas começam a conversar: </div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
- Adoro esse biscoito, mas não posso comprar.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
- Por que, doida?</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
- Ah, já fiz muita merda na vida, tô tentando me acertar.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
(Nessa hora, ouvido tá antenadissimo, o que tem o biscoito com as tretas da cidadã?)</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
- Eu roubei muito, sabe. Não posso ficar ajudando no roubo dos outros.</div>
</div>
<div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
(E eu mentalmente: - Agora tá na hora de dizer Amém! Cadê o pastor?)</div>
</div>
<div dir="ltr">
[Patricia Daltro]</div>
<br />Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-31768043278088302462018-08-03T12:54:00.000-07:002018-08-03T12:54:04.878-07:00A Freira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioBijBt-d5lSUTxzypySU4S1cAPmpyoL4RsuntDdENCd4oQpLL_xPdujmV9LLRrb6JKkRTtw5MwOd1Vgf3i2UeuIslvOCWr0bhg8BrEAV_auN4DrKAih6F3BKBQqOGWDOIWlpMlSoz5ns/s1600/20180803_120327%257E2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1160" data-original-width="1600" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioBijBt-d5lSUTxzypySU4S1cAPmpyoL4RsuntDdENCd4oQpLL_xPdujmV9LLRrb6JKkRTtw5MwOd1Vgf3i2UeuIslvOCWr0bhg8BrEAV_auN4DrKAih6F3BKBQqOGWDOIWlpMlSoz5ns/s400/20180803_120327%257E2.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: inherit; line-height: 1.6;">
A Freira</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: inherit; line-height: 1.6; margin-top: 1em;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: inherit;">Era o terceiro caso no mês. Pensou o detetive. Homens com a genitália mutilada. Em comum, histórico de violência doméstica e abusos sexuais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: inherit;">No convento, a freira lavava o hábito sujo de sangue.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: inherit;">- Uma santa! - diziam sobre ela. Que apenas sorria, discreta e docilmente como fora ensinada a sorrir .</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: inherit;">[Patricia Daltro]</span></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-41233402416348239412018-08-01T13:48:00.002-07:002018-08-01T13:48:45.400-07:00Contos do Poente - resenha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqiMc5xY0QDy87-O3hwR-VrN4Ee668bESoGpiVaiFM3zQ2QCej5-sDI-m2PxQgtPgg-qcwObKS17UGpIwam0tHKEVvSuyjzTUu81EvkclYR1F2Q581Vk8NEnFtuF8CIbjdPJ2GHXKrgg/s1600/capacontosdopoente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="627" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqiMc5xY0QDy87-O3hwR-VrN4Ee668bESoGpiVaiFM3zQ2QCej5-sDI-m2PxQgtPgg-qcwObKS17UGpIwam0tHKEVvSuyjzTUu81EvkclYR1F2Q581Vk8NEnFtuF8CIbjdPJ2GHXKrgg/s400/capacontosdopoente.jpg" width="261" /></a></div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Amo descobrir escritores novos. Os clássicos são maravilhosos, mas muitas vezes cometemos o erro de ficar presos neles e não darmos espaço para uma turma nova que está ai, criando literatura de qualidade, tão boa quanto, ou até mesmo melhor do que seus predecessores.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<a href="https://www.blogger.com/null" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-image: linear-gradient(rgba(68, 68, 68, 0) 50%, rgba(68, 68, 68, 0.25) 0px); background-position: 0px 1.15em; background-repeat: repeat-x; background-size: 1em 2px; border: 0px; box-sizing: border-box; color: inherit; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px 0px 0.15em; vertical-align: baseline;"></a>Com essa introdução quero falar que delicia descobrir as escritoras Luciana Nepomuceno e Rita Paschoalin.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O livro <i style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Contos do Poente</span></i> delas é arrebatador.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
As histórias ali contadas, envolvem, instigam e dão vontade de mais, muito mais.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
São construídas e desconstruídas através de uma linguagem fluída que nos convida a fazer parte.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Como não se emocionar com o conto <i style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A Festa</span></i> de Rita, ou não se perder no conto <span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><i style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Esquecimento</i></span> de Luciana? Impossível. As narrativas se desenrolam gostosamente perante nossos olhos e tornam-se vívidas através das ilustrações de Joana Faria.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<i style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-variant: inherit; font-weight: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; border: 0px; box-sizing: border-box; font-family: inherit; font-stretch: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Contos do Poente</span></i> é um livro para ser devorado, não avidamente, mas saboreando cada uma das palavras desnudadas pela escrita delas.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; -webkit-tap-highlight-color: transparent; background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; font-stretch: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin-top: 15px; min-height: 1px; outline: none 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
<u><span style="color: #660000;">Para comprar o livro: </span></u></div>
</span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Facebook: <a href="https://www.facebook.com/livrocontosdopoente/">https://www.facebook.com/livrocontosdopoente/</a></div>
</span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
E-mail: contosdopoente@gmail.com </div>
</span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><u><span style="color: #660000;">Para mais:</span></u></span></div>
<span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Luciana Nepomuceno: <a href="http://borboletasnosolhos.blogspot.com/">Borboletas nos Olhos</a></div>
</span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Rita Paschoalin: <a href="http://www.estradaanil.com/">Estrada Anil</a></div>
</span><span style="color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div style="text-align: justify;">
Joana Faria: <a href="http://joanafaria.wordpress.com/">Joana Faria</a></div>
</span>Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-66345887370240071242018-07-31T15:04:00.001-07:002018-07-31T15:06:45.837-07:00Dialogando com Virginia Woolf<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.telegraph.co.uk/culture/art/art-features/10914210/The-last-photograph-of-Virginia-Woolf.html"><img border="0" data-original-height="387" data-original-width="620" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnpGxhyPW5rFXXi6q4NkI5iQvua20JGZ0-6-a_xn-UIwJhyo578rvcsosaG3HN8M3kS7BQS41sDL3TBVv3gU9FXjaYKH6X6aCGit4zEdrrwH9SJeb4wjH_n6uWxwPOLD_257-7qEU-deQ/s400/virginia-woolf-las_2971827b.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; text-align: justify;">
Cara Virginia Woolf, acabo de ler seu artigo <i style="font-size: inherit; line-height: 1.6;"><a href="https://t.umblr.com/redirect?z=http%3A%2F%2Fwww.lpm.com.br%2Flivros%2Fgo.asp%3FLivroID%3D925244&t=MGQxOGIyN2M1MjE5ZTUzNGEwZTFkOWY0ZWI2ZmFiYWRkNGExYzZlZCxmQ0lsTDU5NA%3D%3D&b=t%3AMH4srCrOAHO7YeRCwCapBg&p=https%3A%2F%2Favidasemmanual.tumblr.com%2Fpost%2F176252778037%2Fcara-virginia-woolf-acabo-de-ler-seu&m=1" style="font-size: inherit; line-height: 1.6;" target="_blank">“Profissões para Mulheres”</a></i>, excelente por sinal, no qual aponta um assassinato como condição para que nós mulheres possamos escrever de maneira plena. Sem dúvida o fato de matar inúmeras vezes o seu contemporâneo <i style="font-size: inherit; line-height: 1.6;">Anjo do Lar, </i>pode nos agraciar com sua literatura magnifica. </div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-top: 1em; text-align: justify;">
Mas você não sabe a armadilha que caímos no decorrer desse século que nos separa. Se antes, a figura pura que sussurrava em seus ouvidos que deveria usar a pena de maneira meiga e cheia de artimanhas femininas atrapalhava sua criação, obrigando-lhe a matá-la, não uma, mais inúmeras vezes. Hoje nos deparamos com vozes diversas que ecoam em nossos ouvidos todas as vezes em que nos sentamos para exercer a arte da escrita. </div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-top: 1em; text-align: justify;">
Ora é o anjo da profissional competente que nos adverte que não há tempo para tamanha frivolidade. Ora é o anjo da dona de casa exemplar que nos apresenta louça e roupas sujas e a comida sobre o balcão para cozinhar. Ora, e este é o anjo mais sádico, o da mãe perfeita que nos cobra criação, educação, alimentação e diversão para nossas crianças. </div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-top: 1em; text-align: justify;">
Pobre Virginia, o anjo que um dia você matou, era apenas uma das facetas de entidade maior e mais perigosa a nossa condição, não só de escritora, mas de mulher: o machismo entranhado em nós, o qual reproduzimos <i style="font-size: inherit; line-height: 1.6;">ad infinitum</i>. </div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-top: 1em; text-align: justify;">
Ah, minha querida, precisamos ser assassinos seriais se desejamos um dia chegar ao seus pés. Em nossas mãos, o sangue desses três anjos opressores precisa correr. Há que se sufocar a profissional, afogar a dona de casa e enterrar em definitivo a mãe em nós para que possamos exercer nossa escrita de maneira plena. </div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 1.6; margin-top: 1em;">
[Patricia Daltro]</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-87441893210933006312017-07-24T13:58:00.000-07:002017-07-24T13:58:35.467-07:00A Versão da Madrasta - Meu Livro Novo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBtiC_yBoWpKm8y68ztFz38YzS0ct5o65KLJFrRrhs_-jVMcCToUqwGoV9A1Qm8RXbeQD68azx9ZBZhp_euqc0V16cxv75TXcasWhqTxFnDK-7GooGwCOGXGKenxxvnfvlhfDgOj8C9CA/s1600/capa4.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="651" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBtiC_yBoWpKm8y68ztFz38YzS0ct5o65KLJFrRrhs_-jVMcCToUqwGoV9A1Qm8RXbeQD68azx9ZBZhp_euqc0V16cxv75TXcasWhqTxFnDK-7GooGwCOGXGKenxxvnfvlhfDgOj8C9CA/s320/capa4.jpg" width="271" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu podia tá fazendo poledance no metro, ou girando finger spinner no sinal, ou ainda arranjando treta na internet -se é biXcoito ou bolacha, mas tô aqui na humildade, pedindo sua ajuda para publicar meu livro novo: <b><u>A Versão da Madrasta</u></b>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<u><span style="color: #660000;">Tá, Patrícia, mas como faz?</span></u> </div>
<div style="text-align: justify;">
Bem, o livro em parceria com a <a href="https://www.facebook.com/CaligoEditora/?fref=mentions&pnref=story" target="_blank">Caligo Editora</a> está sendo feito através de um crowdfunding. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<u><span style="color: #660000;">O que é isso, é de comer</span></u>? </div>
<div style="text-align: justify;">
Crowdfunding é um projeto de participação financeira coletiva que tem por objetivo ajudar a efetivar algo. Seja adquirir um maquinário ou a publicação de um livro.
A triste realidade é que escritores desconhecidos não conseguem passar pelo crivo das grandes editoras e as pequenas editoras, que heroicamente apostam nesses novos, nem sempre tem verba para bancar uma obra. </div>
<div style="text-align: justify;">
O crowdfunding surge como uma alternativa a isso.
Nele, todos podem contribuir para que o livro saia da gaveta e vire realidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #660000;"><u>Como participar?</u></span></b> </div>
<div style="text-align: justify;">
É muito simples ,você clica <a href="https://www.catarse.me/livro_a_versao_da_madrasta_de_patricia_daltro_41fd" target="_blank">AQUI</a>, escolhe o valor da sua participação,
( para cada valor, existe uma premiação. Que pode ser o livro em versão ebook, o livro físico, autógrafos, marcadores etc.) </div>
<div style="text-align: justify;">
Então o que estou humildemente pedindo é que me ajudem a publicar o meu novo livro de contos : <b><u>A Versão da Madrasta. </u></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para ser um colaborador, basta clicar no <a href="https://www.catarse.me/livro_a_versao_da_madrasta_de_patricia_daltro_41fd" target="_blank">link</a>, escolher como participar e logo estará recebendo um exemplar autografado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #660000;"><u>Mas, qual é a história do livro? </u></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Como é um livro de contos, são várias histórias. O que elas tem em comum, é o humor.
Quis brincar com os contos de fadas e as lendas urbanas, apresentando uma nova e cômica roupagem.
E, não só esses temas irão aparecer no livro, nele brinco com nossa paranoia por dietas, encontrar um amor e a busca pela fama instantânea.
Espero que gostem e que riam bastante, por que rir sempre é a melhor saída.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Para apoiar:<br />
<a href="https://www.catarse.me/livro_a_versao_da_madrasta_de_patricia_daltro_41fd">https://www.catarse.me/livro_a_versao_da_madrasta_de_patricia_daltro_41fd</a></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-10424589847480121572017-01-02T04:03:00.000-08:002017-01-02T04:07:33.363-08:00Crônicas da Desconstrução - Amor só é bom se doer?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Z1fB7awHXtbKtKKesep3MVo0VR7ESbh9M6UMzwn70RfvJM-ajb6mhwvaPGrl1NrccyMfPuPcRWdcWZzmUwPxk2nwT35bVOXL1D_qqFz9Cgpoqwq-WAs9dHBUtYOl2BeBhCrqeuILm5o/s1600/1509883_752129941537720_8100984362371196390_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4Z1fB7awHXtbKtKKesep3MVo0VR7ESbh9M6UMzwn70RfvJM-ajb6mhwvaPGrl1NrccyMfPuPcRWdcWZzmUwPxk2nwT35bVOXL1D_qqFz9Cgpoqwq-WAs9dHBUtYOl2BeBhCrqeuILm5o/s400/1509883_752129941537720_8100984362371196390_n.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Amor só é bom se doer. Cantava assim Elis, em um passado não tão remoto. Durante anos reproduzi essa canção: mentalmente, vocalmente, sempre sentindo toda a dor necessária para viver o amor. Amor só é bom se doer. Na maturidade, percebi todas as armadilhas da canção. Não. Amor se dói, não é bom! Amor que dói, não é amor!
Alias, qualquer relação afetiva (ou profissional) que doa, não é boa. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A gente nasce e cresce, acreditando que para ser feliz, tem que sofrer. A mocinha da novela chora do inicio ao último capítulo, quando finalmente alcança a redenção e tem um final feliz. Ou não, afinal, o que será mesmo que acontece após o último capítulo? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para alcançar o paraíso, é preciso passar por todas as dores e provas possíveis para ser merecedor dessa graça. Todas as religiões pregam isso. E a gente vai, sofrendo, levando bordoada, esperando o final feliz prometido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, o sofrimento não enobrece. O sofrimento endurece. Muito sofrimento pode criar monstros, seres insensíveis, já tão calejados, que sequer enxergam a dor do outro. Tão veementemente convictos que todos os seres têm que sofrer para serem merecedores de qualquer coisa. Sofrimento excessivo gera angústias, depressões, insensibilidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A gente aprende muito mais com incentivos, estímulos, vocalização de apoios e afetos, do que na bordoada. Já chegamos à conclusão que palmada não educa, e aplicamos tal ensinamento em nossos filhos. Por que então, continuamos a crer que se apanhamos da vida, seremos nós, os educados?
Não. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A dor não é caminho para o amor, nem para a construção de seres melhores. O amor sim. Palavras e atitudes que elevem a nossa auto-estima nos transformam. Aprimoram nossa vontade de sermos cada vez melhores e mais que tudo, estimulam a repassar amor ao próximo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo aprendizado é assim, nossa tendência é reproduzir o que recebemos, se temos amor, repassamos amor, se temos sofrimento, é isso que transmitimos de volta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quantas vezes ouço pessoas verbalizando a outras, que acabaram de contar, ou passar por tragédias pessoais, pequenas ou imensas, que elas são fortes. Que tudo aquilo vai servir para que ela fique mais madura. Não! Não, e não! Ninguém quer ouvir isso em um momento de dor. O que querem é amor, é compreensão. E que segurem sua mão, dêem um abraço forte. Sintam-se protegidas, amparadas.
Ninguém quer ser feliz no futuro, quando o que sangra vem hoje. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, o que se faz com o sofrimento afinal, se todos nós estamos expostos a ele o tempo todo? Que a gente aprenda que ele é uma realidade, mas não um aprendizado. Que vai passar, como tudo passa nessa vida, mas não deve deixar raízes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As lembranças boas, as boas vivências afetivas, essas sim, tem que serem regadas e alimentadas diariamente. Um momento que se tire para tomar um café com amigos, um telefonema de surpresa para aquela pessoa que há tempos você não fala, mas sente tanta falta. Se perdoar, se curtir, tome um banho de mar, faça uma pequena(ou grande) ação boa para você mesmo ou para outros. Elogie, aprenda a ser elogiado. Agrados, pequenos mimos. Dissolva a culpa dos erros em pequenas assertivas. Seja você quem errou, seja o outro.<br />
<br />
Perceba que ao mudar a linha de ação, comportamentos também serão modificados, os seus e o dos outros. Isso alimenta e edifica. E, sem dúvida, é isso que nos transformará em pessoas melhores.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-77240092969227099572016-03-01T08:34:00.001-08:002016-03-01T08:34:29.400-08:00Felicidade é uma Questão de Ser<div style="text-align: justify;">
Nessa sociedade de propaganda de margarina, a felicidade se expõe como algo que se escolhe. Mesmo que para isso, se edite a vida, cortando, jogando fora da visão, tudo aquilo que interfira na sua escolha, mesmo que "isso" sejam pessoas reais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não se percebe que a felicidade é diferente, diria Shinyashiki que ela está em todos os momentos que vivemos, bons ou maus, Gosto da definição de Marcelo Jêneci: Felicidade é uma questão de SER.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De ser HUMANO.suficiente para enxergar que mesmo no que doí, fede, incomoda, podemos encontrar pontos que nos fazem bem. E aquilo que nos faz bem, nos faz feliz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, como saber disso, se os olhos insistem em enxergar somente arco-íris fictícios e ignorar que só após a tempestade pode-se ver a miríades de cores que um arco-íris real nos proporciona. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como a "moda" é ser feliz a qualquer custo e em todo tempo, resta a quem não é, recolher a sua dor no bolso e sair de fininho, Quem sabe, tenha a sorte de encontrar alguém que consiga enxergar além da sua própria necessidade de ser feliz. Porque enxergar a dor do outro, um belo exercício de empatia, também pode nos fazer muito mais feliz.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-24736859213576107232015-07-13T06:47:00.003-07:002015-07-13T06:53:59.955-07:00Muito prazer, sou Patricia Daltro, Escritora.<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><a href="http://letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/460830/" target="_blank">Quando nasci, um anjo torto, desses que vivem nas sombras, não me disse</a>: - vai, Patricia, ser gauche na vida. Mas, provavelmente soprou em meus ouvidos a loucura maior do que ser esquerda. A da escrita. E, desde que peguei no lápis, ou antes, já que verbalizava histórias imensas antes mesmo de lidar com o bê-a-bá, eu já dizia quem era: sou escritora. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Era o que dizia que seria quando crescesse. E tudo mais passaria ao largo. E para a menina que se insinuava em mim, ser escritora era publicar um livro. Dali, um mundo mágico se abriria e estaria tatuado em carne viva, àquela em que eu finalmente me tornara. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Claro, que os adultos diziam, cientes da realidade dura que me cercava: Ora com pena - que menina sonhadora. Ora, com seriedade: escritora, onde já se viu?! Crianças não querem ser escritoras. Crianças são professoras, médicas, enfermeiras, nunca escritoras. Crianças que querem ser escritoras, acabam em sanatórios ou na rua...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Entendi tudo isso ao ler o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Feij%C3%A3o_e_o_Sonho" target="_blank">Feijão e o Sonho</a> - mas ainda assim, não se desfez em mim, o anseio de que a escrita me levasse mais longe que o personagem do livro. Eu seria escritora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E a escrita em mim, nascia furiosamente nessa época. Escrevia sobre tudo, em todos os momentos. Na sala de aula, na mesa de um bar, em casa, insone. Meus dedos criavam calos sobre calos. Páginas de cadernos eram preenchidas com histórias tantas que dariam livros. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E deram. Na juventude, consegui o primeiro passo do sonho, publiquei um livro em coletânea; Mas, ainda não era o que queria. Queria meu livro, que tivesse só o meu nome na capa. Então começou a maratona de enviar originais para editoras. Todas recusaram. Foi quando a realidade, começou a me tocar com seus dedos longos e gelados. Eu não me encaixava nos padrões. De todas as editoras que mandei. Minha escrita não tinha padrão comercial - resposta dada pelas revistas para onde mandei minhas crônicas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas ainda assim, escrevia. Era a única coisa que realmente sabia e queria fazer. Nessa fase da vida, o mundo andava escuro e sombrio para mim, já entrava no processo da doença e nem sabia. Fui saber, um dia, na terapia. Que me recomendou: escreve, que essa é sua cura.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas, ai a gente cresce. os "Nãos" vão ficando mais dolorosos. E de repente você está trabalhando, e de repente, você está casada, com filho e a escrita foi virando um daqueles sonhos da infância, quase como ser astronauta, ou alienígena; E você finalmente entende o livro " O Feijão e o Sonho".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao longo dos anos, fiz duas descobertas fantásticas para a menina que ainda trazia em mim: publicar livro era fácil, por coletânea, por você mesma - A Vida Sem Manual, tai para provar isso. E o que a menina que eu era/sou queria de verdade, não era publicar seus livros, mas era ser reconhecida como escritora. Porque escritora, ela já era, ou melhor sempre tinha sido. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E o engraçado, é que desde que comecei a fazer artesanato, a escritora em mim, foi se aquietando. O que é uma idiotice, afinal, são duas formas de arte distintas, mas não excludentes. Eu sou uma escritora e artesã. Embora poucas pessoas saibam disso. A maioria me conhece por aquilo que produzo em tecido, e muitas vezes, sinto um certo assombro quando digo que também escrevo. Ou melhor, que escrevo e também faço artesanato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nessas horas lembro-me de <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina" target="_blank">Cora Coralina</a>, poetisa e escritora que amo e que embora escrevesse desde os 14 anos e participasse de vários movimentos literários, só teve seu primeiro livro publicado aos 70 anos e o reconhecimento da sua escrita só vir à público graças a Drummond - o tal que cito acima, também tocado por um anjo torto. Desde os sessenta anos, ela começara a fazer doces para vender e garantir sua sobrevivência e de seus filhos, porém seus doces ficaram tão famosos, que vinha gente de tudo que é canto comprar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Dai, um dia, após a publicação do livro e do elogio de Drummond, quando, Cora já era uma escritora conhecida, um jornalista perguntou se ela se considerava mais doceira do que escritora. e a resposta dela, bem ao estilo Coralina de ser, ecoa em mim, desde que vi essa entrevista. Ela se dizia mais doceira, porque a escrita alimentava a alma, mas os doces, eram o estômago que alimentavam. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Demorei a entender que o estômago em questão, não eram dos clientes, mas dela e dos filhos. Que escrever alimentava-lhe os sonhos, preenchia o vazio, dava prazer a alma. Mas, sem o alimento no prato, a alma também morre...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><u>Eu sou uma escritora que faz artesanato e não o contrário</u></b>. Alimento minha alma todos os dias, quando consigo sentar e colocar no papel, no celular, no computador, parte daquilo que me define, que são minhas letras. Mas, acima de tudo, garanto ao meu estômago e dos meus, com aquilo que faço n máquina de costura. Acima de tudo, faço arte, seja com as palavras ou com os tecidos. Mas, aquela quem sou, aquilo pelo qual gostaria de ser eternizada, é por aquilo que escrevo. <u>A escrita é o que sou, é o que me define, é o que me faz sofrer, é o que me traz alegria.</u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Há alguns anos, vinha me perdendo nessa luta sobre qual era minha essência. Acho que hoje me reencontrei com a menina que deixei lá atrás em algum momento. E ela que tem me carregado pela mão e me feito entender que eu nunca deixei, ou vou deixar de ser, a contadora de histórias. <b>Eu escrevo porque respiro. E sem respirar, não se vive.</b></span></div>
<b></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<b>
Livro lançado:</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AuIQOvM5OfTTNPiYFjnSmcSBJznFZMceS8cIozCY8vroElj4l2-ZlX4OPjczvPv3uFQxVe82iWSyvA16c1_daJc53NLFyP4oVio-Ixm_ADAhZTsV-rfE1kBUdQc2CRrTiwoZl2x5jsw/s1600/cover_front_medium.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8AuIQOvM5OfTTNPiYFjnSmcSBJznFZMceS8cIozCY8vroElj4l2-ZlX4OPjczvPv3uFQxVe82iWSyvA16c1_daJc53NLFyP4oVio-Ixm_ADAhZTsV-rfE1kBUdQc2CRrTiwoZl2x5jsw/s1600/cover_front_medium.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><a href="https://clubedeautores.com.br/book/148356--A_Vida_Sem_Manual?fb_action_ids=528418023908914&fb_action_types=og.likes&fb_ref=.UnEPj0CM_0r.like&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582#.VaO_MPlVjoH" target="_blank">A Vida sem Manual </a></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Estou concorrendo com um conto "A Gangue dos Rins" ao concurso #BrasilemProsa pela Amazon.com - um dos critérios é a votação e a venda do conto. É baratinho R$ 1,99 e você ainda pode me ler e descobrir que além de arte nos tecidos, também tramo bem nas letras.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.amazon.com.br/gp/product/B00ZW67QJU?keywords=a%20gangue%20dos%20rins&qid=1436795120&ref_=sr_1_1&sr=8-1" target="_blank"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVTZDOFaffUtYYbnTtpGzMtAeIvpQpMfOhokI-XIbbCahw7zBJlcPYNKMOVL7zcSfpac2F_P05nO1Rp_sg5zysDR6JSqh2IS-LyuRz8VO8KK_153bAaJzxX6GXz6E1lOJNeX0MJa9gNxg/s320/51NR3Ebzp-L._AA324_PIkin4%252CBottomRight%252C-60%252C22_AA346_SH20_OU32_.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b><br /></b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.amazon.com.br/gp/product/B00ZW67QJU?keywords=a%20gangue%20dos%20rins&qid=1436795120&ref_=sr_1_1&sr=8-1" target="_blank">A Gangue dos Rins</a></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-32128773219104708682015-02-17T11:10:00.005-08:002015-02-17T11:11:19.894-08:00Pequeno Gafanhoto 2<div style="text-align: justify;">
- Mas se morre de tristeza? - perguntou a menina, confusa. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Morre-se e mata-se de tristeza, - Ele respondeu. - A cada frase não dita. a cada frase mal dita. um pouco de dor é criada.
e dor é alimento para a tristeza. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Mas, então... Posso eu morrer dessa coisa que me consome? </div>
<div style="text-align: justify;">
- Ah, menina! Infelizmente sim. Se deixar que o que se fala enraíze em seu
coração.
Ouça, sem que aquilo seja a verdade que querem lhe impingir.
E seja mais forte que o caminho que percorre. </div>
<div style="text-align: justify;">
- Fui eu quem escolheu o caminho.- Sussurra a menina. - E de certa maneira, sabia cada pedra que encontraria. Cada
raiz que me faria tropeçar e todos os muros que teria que escalar. </div>
<div style="text-align: justify;">
- O que importa isso? - Ele pergunta. - Todos nós escolhemos nosso caminho. E, nenhum caminho é reto, ou indolor.
Não é o caminho que nos transforma. Somos nós que nos transformamos, apesar do caminho. </div>
<div style="text-align: justify;">
A tristeza existe e sempre existiu. Mata, matou e vai continuar matando
por todas as eras. Mas, é você quem decide.
Ser triste ou não, é escolha! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você concentrar na pedra em que tropeçou, ela vira muralha.
Até mesmo uma poça da água pode ser rio intransponível,
dependendo do seu olhar.
Olha pra frente, para o lugar onde quer chegar e sinceramente, deixe de
acreditar no que dizem que você é ou não é. Nem elogios, nem depreciações.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Você é aquilo que você crê ser. E sendo assim, a tristeza não pode fazer
morada dentro do seu peito.
Se alimente daquilo que te faz bem e creia que: palavras, são só palavras e somos nós que damos poder a elas. </div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-70326915616626798922015-01-13T18:04:00.000-08:002015-01-14T18:04:33.299-08:00Dia 13 - Reflexões<div style="text-align: justify;">
Quando o que você precisa para ser feliz é tão simples, para a maioria das pessoas e extremamente complicado e momentaneamente inacessível pra você.</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-78531729919903930882015-01-12T11:38:00.000-08:002015-01-13T11:39:14.527-08:00Dia 12 - Aniversários<div class="_5pbx userContent" data-ft="{"tn":"K"}" style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.38; overflow: hidden;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.38;">Eu o chamo de "meu principesco" apelidado desde que ele ainda estava na minha barriga. Ele me chama de mamita e assim consolidamos um relação de parceria e cumplicidade que vem de eras, quiça de outras vidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.38;"> </span></div>
<div style="display: inline;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.38;">Toda noite agradeço a ele por ter nos escolhidos como pais e peço sempre sabedoria para ser a melhor mãe possível. Eu o amo de uma maneira que nunca imaginei ser possível e hoje, no dia em que ele completa mais um ano de vida, quero lhe desejar tudo de melhor que a vida lhe oferecer. Quero sua felicidade nesses e em muitos outros 365 dias.</span><span style="line-height: 1.38;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.38;">Beijos e um Feliz Aniversário, meu principesco Daniel.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 1.38;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 15.3599996566772px;">
<div data-ft="{"tn":"H"}">
<div class="mtm" style="margin-top: 10px;">
<div class="_5cq3" data-ft="{"tn":"E"}" style="position: relative;">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=750283025055745&set=a.552537671496949.1073741842.100002221624538&type=1&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-xfa1%2Fv%2Ft1.0-9%2F1510530_750283025055745_4234633845446974708_n.jpg%3Foh%3Df9011542e8bd4cdc0ab674cd337b8950%26oe%3D556AE378%26__gda__%3D1428996392_5e6eef40fa2a3b704457f1ed69d6d7ba&size=720%2C960&player_origin=profile" class="_4-eo" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=750283025055745&set=a.552537671496949.1073741842.100002221624538&type=1" rel="theater" style="-webkit-box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0470588) 0px 1px 1px; color: #3b5998; cursor: pointer; display: block; position: relative; width: 295px;"><div class="uiScaledImageContainer _4-ep" id="u_jsonp_4_c" style="clear: left; float: left; height: 394px; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; overflow: hidden; position: relative; text-align: center; width: 295px;">
<img alt="Eu o chamo de "meu principesco" apelidado desde que ele ainda estava na minha barriga. Ele me chama de mamita e assim consolidamos um relação de parceria e cumplicidade que vem de eras, quiça de outras vidas.
Toda noite agradeço a ele por ter nos escolhidos como pais e peço sempre sabedoria para ser a melhor mãe possível. Eu o amo de uma maneira que nunca imaginei ser possível e hoje, no dia em que ele completa mais um ano de vida, quero lhe desejar tudo de melhor que a vida lhe oferecer. Quero sua felicidade nesses e em muitos outros 365 dias.
Beijos e um Feliz Aniversário, meu principesco Daniel." class="scaledImageFitHeight img" height="394" src="https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xfa1/v/t1.0-9/p296x100/1510530_750283025055745_4234633845446974708_n.jpg?oh=9616dc371a04916088eab4a994955dbe&oe=55339801&__gda__=1432955247_6c4049754f106a01b6c2485c8601c9e6" style="border: 0px; height: 394px; left: 0px; min-height: 100%; position: relative; width: auto;" width="296" /></div>
</a></div>
</div>
</div>
</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-44820240737268161152015-01-11T11:43:00.000-08:002015-01-13T11:43:53.125-08:00Dia 11- Determinações<div style="text-align: justify;">
Duas regras regem meu novo ano: aguentar firme e sem reclamar tudo o que vier pela frente; e, não tolerar gente intolerante nas redes sociais e na vida. Gente preconceituosa, nem tô dizendo adeus e já tô indo embora.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK6YnTnBHGtlsycVqTgaQ4ZfOKcp0WKXZTA0ZerskNaZkRwTTGA8uV37jT3BKMJAqgzDopoo3HxvQ0AcC_W-qaM4WyB-d5lJ6oqOGakauZ7DQ7IBkLiD-OEr9SR4BjBpU4Q19jggnseXs/s1600/1174644_525467100866555_1398024394_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK6YnTnBHGtlsycVqTgaQ4ZfOKcp0WKXZTA0ZerskNaZkRwTTGA8uV37jT3BKMJAqgzDopoo3HxvQ0AcC_W-qaM4WyB-d5lJ6oqOGakauZ7DQ7IBkLiD-OEr9SR4BjBpU4Q19jggnseXs/s1600/1174644_525467100866555_1398024394_n.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-34642711332750297242015-01-10T17:49:00.000-08:002015-01-11T17:50:08.365-08:00Dia 10 - A Semana <div style="text-align: justify;">
Semana que se encerra com gosto de novidade, mudanças (sempre elas), recomeços e tropeços - também normal na minha vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltei às costuras. Meio a revelia da médica, pois ainda não consegui fazer os exames necessários, mas como me sinto mais forte e tava agoniada de ficar parada, voltei. Devagar, mas já é um primeiro passo...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3RPze5TB7zBHq3Jj7E4jkRhbQKlKS3-nwqAI-26pUp41mcYvj1pa059aW9tEziQ0InHMezkZeDINam61aumotCmiwjNnzYt7rj_ENfPLF0LIoC_R2iSbxQPevgBb8-4lKhmzBxkis98o/s1600/20150109_115139.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3RPze5TB7zBHq3Jj7E4jkRhbQKlKS3-nwqAI-26pUp41mcYvj1pa059aW9tEziQ0InHMezkZeDINam61aumotCmiwjNnzYt7rj_ENfPLF0LIoC_R2iSbxQPevgBb8-4lKhmzBxkis98o/s1600/20150109_115139.jpg" height="252" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIwS5KVRId81Sz2qU4-ElUJz4iGzfCY26yEexnmyHFsS4TPdJkDD3yId__GgA-dlybT6B6d1I4XxLbEt2XsgIEcfWU1wkIEW4Gjmx26xU-o4qDUnRFD_PRuy01YPoNEqKPb1xFfbP1Ces/s1600/20150109_115220.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIwS5KVRId81Sz2qU4-ElUJz4iGzfCY26yEexnmyHFsS4TPdJkDD3yId__GgA-dlybT6B6d1I4XxLbEt2XsgIEcfWU1wkIEW4Gjmx26xU-o4qDUnRFD_PRuy01YPoNEqKPb1xFfbP1Ces/s1600/20150109_115220.jpg" height="253" width="400" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxCsPAqYIzqmzgSuA5G7Su0ynWQmKCu0Exvt2UBipR6CeZ4Tk3-J3f8QyjuIK3LKnEm0VaKYOHKyrdM9m3HtyNRWA5tROiBegZO_vph6BCXSYywcm8KVmRxesvMoEP2Zf8iJgWmOcCcI/s1600/20150109_115324.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDxCsPAqYIzqmzgSuA5G7Su0ynWQmKCu0Exvt2UBipR6CeZ4Tk3-J3f8QyjuIK3LKnEm0VaKYOHKyrdM9m3HtyNRWA5tROiBegZO_vph6BCXSYywcm8KVmRxesvMoEP2Zf8iJgWmOcCcI/s1600/20150109_115324.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cabeça anda fervilhando: ideias, projetos novos, decisões... </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX0FiVH6vHE6rMoxSr1Lrxvhxex58rKfL137y2qk8ovLuABdAutxTVZVCzOobiVO1R7oPHxJQFjhffnwEKorOHvh-yFqJKITF9LoPxw5jdjUXYJBrHj5wGdbm_yEYWpwHl38txq1rerJk/s1600/10917842_749902295093818_2365910322523609756_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX0FiVH6vHE6rMoxSr1Lrxvhxex58rKfL137y2qk8ovLuABdAutxTVZVCzOobiVO1R7oPHxJQFjhffnwEKorOHvh-yFqJKITF9LoPxw5jdjUXYJBrHj5wGdbm_yEYWpwHl38txq1rerJk/s1600/10917842_749902295093818_2365910322523609756_n.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
(Ando pensando aproveitar o presente ganho - Cupcake Master para diversificar meus produtos e a cunhada Alessandra Daltro tem me ensinado a confeitar os cupcakes.)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3rYLKpaxjFeAj3Ef9X9i1EvAVtTLlcyLfXF80TEv0kqybwlSTz89ep4dsx8Klp1yewSoYAQpeoNn0JNUlJCTx7KHSyWozia1kB1WUxRQeiUV6zRcNiTyE_vu-ZmQdjN_1Gkcy60mVwOI/s1600/10917873_749901951760519_2092178118243803633_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3rYLKpaxjFeAj3Ef9X9i1EvAVtTLlcyLfXF80TEv0kqybwlSTz89ep4dsx8Klp1yewSoYAQpeoNn0JNUlJCTx7KHSyWozia1kB1WUxRQeiUV6zRcNiTyE_vu-ZmQdjN_1Gkcy60mVwOI/s1600/10917873_749901951760519_2092178118243803633_n.jpg" height="240" width="400" /></a></div>
<u><br /></u>
<div style="text-align: justify;">
<u>O mais difícil, confesso, é ter escolhido ser feliz e não me deixar atingir por nada que possa me tirar desse rumo</u>. É complicado, principalmente quando a gente parece envolto num novelo de lã daqueles mais complexos e embolados, onde a gente puxa, puxa, e não acha o fio da meada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguir em frente e não me deixar atingir, é quase meu mantra atual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teve dia também de encontrar amigas e soltar o riso, tão preso, tão contido. Rir de quase engasgar, das lágrimas escorrerem, rir compartilhado é tão bom e tão mais forte e presente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Teve amor em forma de livro de autora que adoro, Montanha Russa - de Martha Medeiros. Presente de amiga<a href="http://www.fernandareali.com/" target="_blank"> querida</a>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E a semana que se inicia já chega repleta de felicidade e amor, segunda (12/01) meu filhotinho Daniel completa nove anos. E tão maravilhoso isso, mas isso fica pro post da semana que vem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
_______________________________________________</div>
<div style="text-align: justify;">
Este post faz parte da <a href="http://www.fernandareali.com/" target="_blank">Blogagem Coletiva organizada pela Fernanda Reali</a>. Vale a pena ir lá e conhecer a semana de muita gente boa!</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4138744172389094116.post-14977106782974182242015-01-09T12:02:00.000-08:002015-01-10T12:14:24.908-08:00Dia 09 - Iluminado<div style="text-align: justify;">
Luz. Gosto de ambientes iluminados. Claros, não necessariamente amplos, mas que tenham janelas que tragam luz para dentro do local. Escuridão me sufoca, me angustia, me deprime. Sensações que demorei a perceber que tem a ver com a falta de luz no local. Coisas que só a maturidade faz pela gente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu que sempre me achei noturna, descubro que sou solar. Alimento-me da luz como uma planta. Não que goste de calor, porque detesto. É outra coisa que me tira do sério. Ficar suada, sem conseguir respirar direito, affff! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas, calor não quer dizer luz, assim como escuridão não quer dizer frio. Uma casa iluminada pode ser fresca, nada impede. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Gosto de cortinas e janelas abertas, mesmo em dias chuvosos. Gosto de luz forte, que ilumina cada canto da casa, quando chega o anoitecer. Gosto de me enxergar nos espelhos, não como narciso, mas como aquela que se procura nos recantos obscuros da mente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é engraçado como essa dicotomia ficou bem clara para mim nos últimos meses. 2014 me parece um ano soturno, envolto em brunas e breu. E desde o primeiro dia do ano, carreguei essa impressão. Que só se provou verídica a cada dia que se passou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Já 2015 tive uma percepção diferente. Uma certeza de luz. Até o momento, o ano se parece a tantos outros já vividos, mas dentro de mim, carrego a certeza de um ano iluminado. Talvez por isso, tenho me sentido assim, tão mais leve. Mesmo a vida ainda me apresentando fardos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Q0CMZt4kkf9_7WPeoVd1nwBJ9z60pGJAtiuiKn0QtCqj-TXfJ2eLQ_pa1slgFIajk5tzZIPXFJ3a4tloYqTVsa0Aeq_VTDyJeqje3wkwtlmKv_9dpgzHAjpu_NQNIJD2Igrrg3ug7sk/s1600/mdaltro+(260).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Q0CMZt4kkf9_7WPeoVd1nwBJ9z60pGJAtiuiKn0QtCqj-TXfJ2eLQ_pa1slgFIajk5tzZIPXFJ3a4tloYqTVsa0Aeq_VTDyJeqje3wkwtlmKv_9dpgzHAjpu_NQNIJD2Igrrg3ug7sk/s1600/mdaltro+(260).jpg" height="283" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
ilustração<a href="https://www.facebook.com/marcdaltro?fref=ts" target="_blank"> Marcelo Daltro</a></div>
</div>
Patricia Daltrohttp://www.blogger.com/profile/01875354187379145702noreply@blogger.com0