Existem anos bons e anos ruins. Anos que terminei querendo que se perpetuassem eternamente e anos que apaguei toda e qualquer lembrança da memória.
Não consigo enquadrar 2011 em nenhuma dessas categorias. 2011 foi... 2011. Um ano que começou repleto de possibilidades, e que no entanto, foi seguindo seu curso, em alguns momentos, sem dizer a que veio, em outros, intenso e doloroso, como nunca imaginei possível.
Eu que achei 2010 um ano difícil, descobri que até pra ano, Murphy é implacável.
Foi um ano onde as cores se ausentaram da minha vida. De repente, o cinza concreto da realidade se fez presente, e com ele, a única opção possível: seguir em frente.
Viver a vida como ela me era dada. Foi a minha constante. Bem ou mal, aceitar o que me era imposto. Sem lamúrias, ou exaltações. Fiz-me silêncio, como nunca antes.
Àquela, que amigas, no tempo de faculdade, rotulavam como " muito boazinha demais", descobriu que dizer Não, era essencial para sobreviver em tempos gris. Foi um ano de Nãos, recebidos e ditos. Causaram mágoas, que podem ou não originar correntes que irão se arrastar por décadas. Nãos necessários, mas dolorosos...
Travei uma guerra, particular e aguda, repleta de batalhas, com algumas vitórias amargas, mas ainda assim vitórias.
Quis desistir em vários trechos dessa estrada, mas a mães não é dado o direito de desistir. A gente tem que seguir em frente, sempre. Arrancar forças a cada manhã e sorrir segura, ajustando os passos, daquele serzinho que só iniciou o seu caminho.
Em 2011 aprendi a esperar menos de mim mesma, das pessoas, da vida... E, isso ajuda tanto a enxergar o outro como ele deve ser enxergado. Quando não se tem expectativa no outro, as decepções são quase nulas e as pequenas alegrias se fazem mais presente.
Descobri que poucas coisas são verdadeiramente essenciais. De repente, o supérfluo é tudo aquilo que precisamos abrir mão para garantir a felicidade daqueles a quem você ama.
Não abri mão de nenhum dos meus sonhos, apenas guardei-os todos em caixas arejadas de fácil acesso, para, quem sabe, trazê-los todos de volta em 2012.
Então, chego ao final dessa história, sem expectativas, planejamentos ou resoluções pro ano que se inicia. Dele só espero, (que não acabe - não resisti a piada), que me traga cores. Que retire das retinas esse gris compacto e me inunde com a intensidade luminosa dos girassóis, o vibrante colorido dos amores-perfeitos, a exuberância lilás das orquídeas... (sobre flores e suas cores, a Bel fez um post lindo, termina aqui e corre lá pra ler)
E, é isso que desejo para todos nós: que 2012 seja todo ele múltiplo em tons! E que as cores invadam nossas vidas!
7 comentários:
É verdade, amiga, esperar menos das pessoas alivia nossas decepções. Como sou mais velha do que você (só um pouquinho!!!) aprendi antes!
Mas ter esperança nunca é demais. E vamos que vamos, tendo esperança num 2012 colorido!!!
Amo você!
Bjoooo
Bel
Sendo assim lhe desejo um novo ano bem colorido.
beijos
Querida, eu me vi em muitos parágrafos... E posso te dizer que também espero um arco-íris pra 2012 na sua vida.
Fé, força e alegria...
Beijos e ótimo 2012!
Tempos cinzas são entrecortados por outros de furta cor. Que o próximo ano assim seja!
É, querida... te desejo um 2012 bem Arco íris! Mas q seja um arco íris não só de 7 cores, viu?!
Beijo grande!
E q os sonhos possam sair da caixa!
Desejo a vc e família um 2012 com saúde e sabedoria!
vem ca, vc falou de mim, sabia?!
belissimo texto e q 2012 nos traga +cor
bj
Postar um comentário