19 de ago. de 2010

My Reality

Desde nova sempre tive a certeza de que fazia parte de um reality show. Até exacerbei um pouco e escrevi sobre o tema neste texto.

Mas essa sensação, não é síndrome megalomaníaca ou por me achar mais ou menos que ninguém. No final, acho que todos nós somos um grande reality dirigido e assistidos por deuses, que se divertem  com as provas de resistência que temos que enfrentar.

Teve um tempo que meu reality era no espírito de uma sitcom americana, só isso para justificar o presente de casamento (um microondas azul, lindo, mas completamente infestado de baratinhas francesas – acharam que era liberdade literária, a história do conto? Não, amigos, isso realmente aconteceu!)

E quando fui à Vitória e no dia de comprar a passagem de volta, os bancos entraram em greve? E não era greve meia boca, não, greve de verdade, portas fechadas por piquetes violentos. Durante uma semana fiquei presa no Espírito Santo, sem dinheiro e sem ter como voltar para casa. Quando cheguei ao extremo de comer pão de forma com açúcar, por que não tinha grana para comida, encarei junto a uma turista acidental que nem eu, uma carona de caminhão. Vai dizer que isso não é roteiro de sitcom?

Teve também o dia em que fui pegar o cartão de banco e a gerente, no caminho entre a mesa de atendimento e o arquivo onde estava o cartão, perdeu o mesmo? Sério, essas coisas são feitas para divertir alguém, não dá para ser de verdade!

São tantas as histórias, o roterista que me dirige gosta de pegadinhas, deve ser fã daquelas do mallandro e volta e meia, resolve implementar algumas delas na minha vida.

Mas, esse ano, eu acho que a direção do meu reality mudou. Deixou de ser sitcom e entrou pesado nos realitys de sobrevivência, uma mistura de No Limite com Surviver, eu creio. Com uma pitada de BBB, é claro.

A coisa toda funciona assim: as dificuldades são postas e a gente rebola para se ajeitar. Tira um emprego aqui, um eletrodoméstico quebrado acolá, coloca uma pá de dívidas, (algumas nem nossas) como suplemento, mas a gente por aqui, tem raça e segura o tranco.

O diretor, que desconfio que deve ser parente do mister bonés, quer sangue. E trata de colocar mais provas de resistências no caminho. A última foi a máquina de costura quebrar, minha atual fonte de sobrevivência.  Confesso que quase capitulei. Mas daí, pensei, quer saber, é muito pouco provável que eu consiga um milhão e meio ao final desse show, então sequei as lágrimas e tratei de fazer cabelo e unhas, sabe como é, sempre tem a playboy. 

6 comentários:

Patrícia Lerbarch disse...

Olha, as vezes me pego pensando em certas "coisas que só acontecem comigo", mas parece que estamos juntas nesse barco.

Força amiga, vamos remando que uma hora a gente chega no porto.

Bjo carinhoso e abraço bem apertado.

Calma que estou com pressa! disse...

oi patricia- os teus textos são divertidos apesar de relatar nosso dia-a-dia !que é um verdadeiro BBBe tem um Pedro Bial só relembrando dos "melhores" momentos
bjs

Fernanda Reali disse...

Amiga, tenho assistido de pertinho teu reality show e concordo, está mais para No Limite do que para BBB, mas eu tenho certeza absoluta de que tudo vai melhorar, sinto isso. E tu estás buscando mesmo essa mudança, correndo atrás dela todos os dias. Eu tenho orgulho de ser tua amiga.

Um beijo!

Unknown disse...

Paty,

Todos nós vivemos um reality show, acredite!!!
Alguns com mais emoção, outros com menos intensidade. Nem todos vivem um BBB, nem todos ganham, mas com certeza tem alguém mexendo alguns pauzinhos para que nossa vida pareça que está sendo filmada para a diversão ou entretenimento dos outros!

Não tem como ler seu texto e não se divertir, apesar de alguns momentos parecerem meio 'trágicos'... Talvez seu reality seja uma 'Tragicomédia'. rsrs

Thaisa Santos disse...

Acho que também recebi um seja bem vinda nesse reality show...

Bel disse...

Pat, adorei a última frase: "sempre tem a playboy." Issoooooooo!!!!

Coragem, amiga, amanhã é sábado, e tem festa... huahuahuahuahu

Bjooo