Não é que ela esperasse grandes coisas do destino. Embora trouxesse da infância, sonhos de uma vida, que definitivamente, não era a que vivia agora.
Às vezes, se via repleta de uma angustia sufocante, desejosa demais de ter/ser diferente e nessas horas precisava respirar, repassar mentalmente todos os caminhos percorridos até ali, para perceber que foram seus próprios pés que trilharam aquela estrada.
Dessa forma, antes que se visse imersa em pena de si mesma, enxergava-se como uma pintura real.
Ela era o que fora se construindo diariamente nesse tanto de anos que definiam sua idade e nada, nada poderia mudar isso.
O que ela podia fazer era decretar que era a hora de ser feliz. E esquecer tudo aquilo que não fora, e se concentrar apenas naquela que ela poderia ainda ser.
Um comentário:
Paty
Adorei o texto... tem dias que penso nos sonhos da infância e eles me tiram do sufoco do dia a dia... das dúvidas e de tudo mais... e esses sonhos se transformam em outros, quem sabe reais, né?
Beijos
lelê
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