Caminho deixando pedaço de mim pelas calçadas. Fragmentos dispersos acompanham meus passos, um não sei o quê, perdido em algum ponto.
E haviam flores amarelas no vaso. Estão mortas. Dentro do livro, folhas secas se desfazem ao contato do vento. Vento que anuncia o cessar da tempestade. Não é mais tempo de chuvas. Sussurram-me as andorinhas. Eis que chega o verão. Mas eu não quero.
Fecho cortinas e gargantas para não emitir a melodia que insiste em se fazer presente. Mas, se hoje é dia de saudades. Quais são essas? Já que ando imersa em lembranças. Nenhuma minhas. Tampouco reais.
Meus pedaços se espalham pelo tapete. Amontoam-se sobre a colcha de retalhos. Matelassê diria minha mãe, encurvada sobre a máquina a remendar tecidos. Desconexas formas. Peço que me transforme também. Toalha de mesa, geometria perfeita. E me estenda naquele jantar, travessas fumegantes. Quando eu te olhei pela última vez. Sem saber que seu olhar já não mais me acompanhava.
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Update rapidinho:
Hoje estou no Big Vicios BBB - O Que Espero desse BBB? De vez em quando, vou encher o saco da Fernanda e mandar textos para lá! rs
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