Ela pensa em quanto é ridículo sentir saudades do que nunca aconteceu, mas sente. Estranhamente seu peito bate mais forte por lembranças que sequer foram suas: a casa azul – sim, essa era a casa dos sonhos, seus (hoje ela bem sabe), mas houve um tempo, em que realmente acreditara que a casa azul era parte do sonho dos dois.
Assim, como os planos das férias na serra, vinho, fondue e lareiras que nunca aconteceram e os filhos... essa talvez seja a lembrança do que nunca vivera, mais forte.
Porque eram dois: um casal. Ele, mais velho, chamado Pedro. Ela, que nunca usaria vestidos com rendas e fru-frus, seria Natália e aos quinze anos seria posta de castigo, por fugir de casa para ir a um show com o melhor amigo, que seria apaixonado por ela, mas ela não saberia. Pedro faria faculdades, seria ator, cantor, pintor, qualquer coisa que quisesse.
E hoje ela sofria a ausência dos filhos que nunca tivera. Da casa que nunca fora sua. Dele, ela não sentia saudades. Porque hoje, ele era o seu passado, e o que doía em seu peito, era a ausência do que nunca tinha sido.
Assim, como os planos das férias na serra, vinho, fondue e lareiras que nunca aconteceram e os filhos... essa talvez seja a lembrança do que nunca vivera, mais forte.
Porque eram dois: um casal. Ele, mais velho, chamado Pedro. Ela, que nunca usaria vestidos com rendas e fru-frus, seria Natália e aos quinze anos seria posta de castigo, por fugir de casa para ir a um show com o melhor amigo, que seria apaixonado por ela, mas ela não saberia. Pedro faria faculdades, seria ator, cantor, pintor, qualquer coisa que quisesse.
E hoje ela sofria a ausência dos filhos que nunca tivera. Da casa que nunca fora sua. Dele, ela não sentia saudades. Porque hoje, ele era o seu passado, e o que doía em seu peito, era a ausência do que nunca tinha sido.