16 de dez. de 2013

Tudo Novo, de Novo?

Era inevitável. O final do ano chegava e ela era inundada de uma estranha euforia. Expectativas do impossível, que aos seus olhos refletiam possibilidades. 

Era como pudesse se despir daquela que era e então, metamorfosear-se em outra. A dos sonhos. Que sempre sabia como agir, falar, pensar. A outra que não ela, que tinha em uma das mãos a certeza dos caminhos a serem percorridos... Tola. Ao final do espocar dos últimos fogos. No instante onde a escuridão e o silêncio se tocavam, leve roçar, quase imperceptível fração de segundo, dentro dela já se aquietavam os sonhos. 

A máscara daquela que um dia sonhará ser desfiaria tal qual renda delicada puxada por grosseiras mãos e ela se veria apenas ela. E a vida que era a sua. Porque era apenas um novo ano, onde a vida se desenrolaria do mesmo modo de sempre. 

As oportunidades surgiriam e desapareceriam como sempre; onde os sonhos seriam todos trancafiados em lugares ermos dentro de si e quiçá ao longo dos dias, (re)descobriria-os aos poucos, realizando alguns, outros seriam trancafiados novamente, a espreita da oportunidade.

Ainda haveriam dias de lágrimas e dias de muitos sorrisos. Dias de solidões inconfessáveis e de abraços inesperados. Dias de beijos e outros de intrigas. Dias de sim e muitos de não. Viver era isso, sempre fora. Mesmo agora, quando o ano novo já a espia pelas frestas.

2 comentários:

Casa das Bonecas de Pano de Ipiabas disse...

Querida vim te desejar um lindo Natal e lindo ano novo bjs da Leila

Maria Teresa Valente disse...

Desejando que seja sempre muito abençoada, abraços carinhosos Maria Teresa