11 de out. de 2012

Todo Dia é o das Crianças

Teve um tempo que não sabia quem era. Dai me disfarçava de tantas e fantasiada de outras, seguia. 

Teve um tempo que eu esqueci a criança que fui e dai um dia, achei que nem a tinha sido uma vez. 

Teve um tempo que eu olhava adiante e me perdia em caminhos buscando nada, querendo tudo, mas nem percebia que a cada passo que dava, distanciava mais daquilo que eu não sabia querer.

Dai veio você. Primeiro com suas mãos. ativas, altivas, querendo segurar o mundo, e quando segurou a minha, vi que não havia saída, alias, nem queria sair. Quis que seus dedos me prendessem e descobri teu olhar. Longo, entremeados de cílios compridos, que me traziam lembranças que sequer estavam lá antes de você me olhar.

O seu riso, que não foi dedicado a mim em primeiro lugar, mas que importa? Veio a mim numa sonoridade hipnótica e eu soube, ali, naquele instante, que tudo que eu não sabia, que os caminhos que me perdia, que as buscas que insistia em procurar... Ah, foi no teu riso que achei a chave perdida e libertei a criança que sufocava em mim.

E um dia eu era a princesa, noutras rainha, vez em quando, era a bruxa, o terrível monstro que aprisionava o herói e que era derrotada com golpes precisos de espada, ou de beijos... 

De noite, nossos sonhos se interligam em histórias diversas, em melódias que insisto em cantar, porque me descobri cantora na primeira vez que te tive em meus braços.

E, hoje, dizem por ai que é o seu dia - Dia das Crianças! Ah, tolos esses que rotulam datas! Eles nem sabem que seu dia é todo! 

Que hoje é mais um dia de me encontrar no seu riso, de me infiltrar nos seus sonhos e de viver a felicidade que é ter você ao meu lado!

2 comentários:

Nara Sales disse...

Que linda você, que bonito sentimento. Como é bom nos encontrarmos numa criança!

Tantos beijos.

Nara Sales disse...
Este comentário foi removido pelo autor.