Ela arruma camas e faz cafés. Penteia cabelos e conta estórias. Ouve sobre dias complicados e promoções que nunca chegam. Rotinas imperfeitas. Sonhos que se constroem sobre castelos de cartas.
Dias de chegar mais tarde. Insinuando serviços no escritório. Frases que já sabe de cor. Até o dia que cansada de tudo, descubra no fundo do bolso da calça, o lenço encharcado de perfume.
Ela chora, não pela traição, enfim confirmada, mas por que, cansada da rotina das frases cotidianas, ela apenas queria ser a outra.
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