Quando mais jovem, tinha um grupo de amigos defensores convictos do tal "amor de porcentagem", que nada mais era que uma teoria que buscava o 100% do amor. Como? Simples, para eles nenhuma pessoa seria capaz de oferecer tudo que a outra buscava, isso é, seria impossível sentir tesão, respeito, confiança, admiração e etc numa única pessoa, para eles, você poderia ter uma pessoa que te enchesse de tesão, mas dificilmente essa pessoa te passaria, com a mesma intensidade, confiança... Assim sendo, no máximo essa pessoa te preencheria em 50% de afeto (bem matemático, mesmo). E o que seria feito dos outros 50%? Ora, procuraria outra(s) pessoas até que você obtivesse a porcentagem total afetiva que necessitaria para ser feliz.
O tempo passou, eu envelheci, ou melhor, amadureci e a principio, meus amigos também. Embora muitos deles continuem adeptos dessa teoria. E o que eu acho mais estranho, a sociedade hoje, pelo menos a maioria dela, vivifica essa teoria.
Andamos em busca da perfeição afetiva. Os homens, talvez dada a sua natureza histórica de caçador, reúnem em torno de si um harém, somando pontos em busca dos famosos 100%. As mulheres, essas resolveram partir para o tudo ou nada, ou acham o 100% num cara só ou preferem ficar sozinhas.
O que percebo é que nunca estivemos tão confusos e solitários como agora. A estabilidade afetiva ganha status de equação matemática. Os casamentos felizes são encarados sob uma ótica de ironia e suspeita.
O que mudou? Não sei. E duvido que alguém tenha essa resposta, o que sei é que se a gente se preocupasse menos com a receita do bolo, quem sabe, pudéssemos saboreá-lo mais à vontade.
O tempo passou, eu envelheci, ou melhor, amadureci e a principio, meus amigos também. Embora muitos deles continuem adeptos dessa teoria. E o que eu acho mais estranho, a sociedade hoje, pelo menos a maioria dela, vivifica essa teoria.
Andamos em busca da perfeição afetiva. Os homens, talvez dada a sua natureza histórica de caçador, reúnem em torno de si um harém, somando pontos em busca dos famosos 100%. As mulheres, essas resolveram partir para o tudo ou nada, ou acham o 100% num cara só ou preferem ficar sozinhas.
O que percebo é que nunca estivemos tão confusos e solitários como agora. A estabilidade afetiva ganha status de equação matemática. Os casamentos felizes são encarados sob uma ótica de ironia e suspeita.
O que mudou? Não sei. E duvido que alguém tenha essa resposta, o que sei é que se a gente se preocupasse menos com a receita do bolo, quem sabe, pudéssemos saboreá-lo mais à vontade.
8 comentários:
Oi Pattynha querida!
Obrigada querida, eles crescem tanto e muito rapido mesmo neh?
E o seu principe, como ta???
beijos doces
Mi
;o)
"Amor que não se mede, que não se repete..."
Lembrei dessa música lendo o teu post. Que história é essa de medir o amor?
As relações humanas estão com laços cada vez mais frágeis e na sociedade de consumo as pessoas e os relacionamentos ganharam status de mercadoria.
É mais ou menos assim: vc escolhe alguém nas prateleiras e usufrui enquanto aquilo não lhe trouxer problemas e frustração. Quando esgotar o prazo de validade, existem novas e melhoradas opções esperando sua escolha.
Eu acho isso muito triste, mas real.
Patricia,
Acho que a sociedade imediatista quer tudo para ontem, eles não querem ter a paciência de cultivar, seja ele o amor, amizade, etc. è mais facil ser descartável, usa e joga fora, pois se algo começar a dar defeito, troca, substitui, assim não se conhece as pessoas a fundo, não descobrem a essencia, é claro que ninguém é 100%, Acho que só Deus. mas ninguém é ele, portanto tem qualidades e virtudes, assim como defeitos, porém quando vamos a fundo, descobrimos sentimentos mais sublimes e bonitos...Eu sempre tento ir além, porem se vejo que a pessoa não quer deixar, ou só esta próximo de mim por interesse, caio fora e viro a pagina.
Bjão
Concordo com tudo o que você disse. E, mais ainda, estou na categoria que fica sozinha. Nunca parei para pensar que meço, mas acho q faço isso sim e, como o nível está ficando sempre baixo...
É, tb preciso rever alguns conceitos.
Obrigada por me ajudar a refletir (como sempre),
Bjo
Bingo Patrícia,me sinto totalmente incluída na categoria do tudo ou nada...já os homens,creio eu, usam a busca como desculpa mesmo, por que enquanto não acham, e a maioria ñ quer achar hahaha vão testando. Falando por mim, preciso realmente ser menos exigente e viver para ver como fica, pq talvez o outro não seja 100%,mas, ora bolas eu também não sou...não somos duas metades...só uma pessoa inteira pode aceitar o outro ser inteiro para ambos buscarem a felicidade que é construída todos os dias...ninguém completa ninguém!Cheiros! Vivi Oliveia
Interessante essa teoria. Acontece que tem gente que, REALMENTE, NUNCA está satisfeito em NADA.
A idéia é não renunciar a nada: ter sexo estupendo de um lado e amor incondicional do outro. Puro egoísmo. Mas é bem prático, por exemplo, o cara não transa com a governanta e não pede para gostosinha passar sua camisa, nem maneirar no uso da máquina de lavar roupa por que a energia elétrica está um absurdo de caro! ------ E a Mulher não precisa demonstrar um grande desempenho sexual para o seu 'caixa eletronico' e nem pede para o gatinho malhado pagar seu cartão de crédito. Fica todo feliz! NOT!
A minha idéia de casamento, seja em que opção sexual for, formal ou de fato, é imperativo o companherismo, o carinho, o RESPEITO. Essa porcentagem parece casamento de 1920, quando os homens tinham em casa a mãe de seus filhos e se divertia e se realizava na rua, com as belas e disponíveis. Fazer o quê?
Tuuuudo lindo!!!!
Lindo mesmo!!!
Beijocas
Postar um comentário