17 de fev. de 2015

Pequeno Gafanhoto 2

- Mas se morre de tristeza? - perguntou a menina, confusa. 
- Morre-se e mata-se de tristeza, -  Ele respondeu. - A cada frase não dita. a cada frase mal dita. um pouco de dor é criada. e dor é alimento para a tristeza. 
- Mas, então... Posso eu morrer dessa coisa que me consome? 
- Ah, menina! Infelizmente sim. Se deixar que o que se fala enraíze em seu coração. Ouça, sem que aquilo seja a verdade que querem lhe impingir. E seja mais forte que o caminho que percorre. 
- Fui eu quem escolheu o caminho.- Sussurra a menina. - E de certa maneira, sabia cada pedra que encontraria. Cada raiz que me faria tropeçar e todos os muros que teria que escalar. 
- O que importa isso? - Ele pergunta. - Todos nós escolhemos nosso caminho. E, nenhum caminho é reto, ou indolor. Não é o caminho que nos transforma. Somos nós que nos transformamos, apesar do  caminho. 
A tristeza existe e sempre existiu. Mata, matou e vai continuar matando por todas as eras. Mas, é você quem decide. Ser triste ou não, é escolha! 

Se você concentrar na pedra em que tropeçou, ela vira muralha. Até mesmo uma poça da água pode ser rio intransponível, dependendo do seu olhar. Olha pra frente, para o lugar onde quer chegar e sinceramente, deixe de acreditar no que dizem que você é ou não é. Nem elogios, nem depreciações. 

Você é aquilo que você crê ser. E sendo assim, a tristeza não pode fazer morada dentro do seu peito. Se alimente daquilo que te faz bem e creia que: palavras, são só palavras e somos nós que damos poder a elas.