Luz. Gosto de ambientes iluminados. Claros, não necessariamente amplos, mas que tenham janelas que tragam luz para dentro do local. Escuridão me sufoca, me angustia, me deprime. Sensações que demorei a perceber que tem a ver com a falta de luz no local. Coisas que só a maturidade faz pela gente.
Eu que sempre me achei noturna, descubro que sou solar. Alimento-me da luz como uma planta. Não que goste de calor, porque detesto. É outra coisa que me tira do sério. Ficar suada, sem conseguir respirar direito, affff!
Mas, calor não quer dizer luz, assim como escuridão não quer dizer frio. Uma casa iluminada pode ser fresca, nada impede.
Gosto de cortinas e janelas abertas, mesmo em dias chuvosos. Gosto de luz forte, que ilumina cada canto da casa, quando chega o anoitecer. Gosto de me enxergar nos espelhos, não como narciso, mas como aquela que se procura nos recantos obscuros da mente.
E é engraçado como essa dicotomia ficou bem clara para mim nos últimos meses. 2014 me parece um ano soturno, envolto em brunas e breu. E desde o primeiro dia do ano, carreguei essa impressão. Que só se provou verídica a cada dia que se passou.
Já 2015 tive uma percepção diferente. Uma certeza de luz. Até o momento, o ano se parece a tantos outros já vividos, mas dentro de mim, carrego a certeza de um ano iluminado. Talvez por isso, tenho me sentido assim, tão mais leve. Mesmo a vida ainda me apresentando fardos.
ilustração Marcelo Daltro
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