16 de nov. de 2011

Ainda sobre Felicidade

Desde o inicio do ano que tenho a sensação de que Murphy fez acampamento por essas bandas.  Coisas simples viram emaranhados; situações corriqueiras, dramas mexicanos; A casa parece revoltada: é a cama que quebra, a bomba da caixa d'água que pifa, dá pane no luz e queima o ventilado de teto e etc As contas do mês que não fecham e a guerra, que parece eterna, para continuarmos na nossa casa, entre outras coisas.

Natural que nessas horas, ou nesses dias,  a revolta/tristeza se apodere de mim. Natural também que se instaure a vontade de ficar mais quieta e escondida, afinal, ninguém quer ser a personagem Hardy Haha (ok, acabei de denunciar a minha idade! ) rs choramingando pelas redes sociais a eterna ladainha :  "Oh, dia, oh, céus, oh, azar..."  Mas, também não dá para ficar brincado de Pollyanna o tempo todo. Tem hora que até o Jogo do Contente dá no saco.

O feriado, particularmente, foi um dia complicado e a noite, estava me sentindo extremamente esgotada, vontade monstro de chorar e tal. Foi quando apareceu o link de uma escritora que adoro - Elenita Rodrigues (ou Lena, conhecida por ser ex-BBB), mas pra mim, ela é muito mais do que isso, é uma das boas coisas que a net deixou visível. O link dizia: "Porque eu chorei... e chorei".

“Eu tive um dia terrível.” Nós dizemos isso o tempo todo. Uma briga com o chefe, enjoo, engarrafamento… É isso que descrevemos como terrível, quando nada de terrível está acontecendo.

(Até que a gente perde alguém que a gente ama... até que um acidente, uma fatalidade, uma doença rouba e leva embora pra sempre ainda que ainda merecia estar aqui... neste planeta, neste minuto, respirando, vivendo... É quando percebemos que... 


E, mesmo sabendo que aquele texto não era pra mim, foi inevitável a sensação de que eu precisava ler aquilo! Que sim, a vida pode ter seus altos e baixos, que dias ruins acontecem e dias bons também! Mas, que perder alguém que amamos transforma tudo mais em nada... 


De repente, me dei conta que preferiria todo esse ano Murphyano por décadas, se me fosse dada a escolha de poder conviver novamente com pessoas amadas que partiram tão cedo. 


Infelizmente, não posso fazer essa escolha, mas posso enxergar mais do que meu próprio umbigo, posso escolher entender que se as coisas não dão certo, são apenas coisas que não dão certo hoje! Mas, amanhã, elas podem dar, ou não... Posso aprender a lidar com todos os baixos como aprendizados e posso, principalmente, sublinhar o que acontece de melhor. Viver os altos em plenitude. 

Felicidade é questão de escolha, tristeza também. E sou eu quem decide o que escolher. Sim, querer ser feliz o tempo todo pode virar uma neurose, e é preciso pequenas pitadas de melancolia para não esquecermos da nossa humanidade. Mas, fixarmos nosso olhar apenas no que nos faz mal, também nos retira nossa cota de ser humano. 

Ser infeliz o tempo todo, concentrados no que nos atinge ou ser feliz o tempo todo, "esquecendo" o que nos atinge,  cria uma carapaça de indiferença. E indiferença é o pior de todos os crimes!

A lição que quero levar desse ano tão repleto de montanhas russas emocionais é que 2011 foi apenas mais um ano. Que coisas ruins aconteceram, mas muitas coisas boas também me cercaram. Que terminar mais uma etapa na minha vida ao lado das pessoas que amo, transforma esse ano no melhor de todos os anos. Assim como tenho certeza de que 2012 também será o melhor de todos os anos, por que eu escolhi isso! E é assim que as coisas irão ser daqui pra frente pra mim.

8 comentários:

Patrícia Gomes disse...

Oi mana frô! ;oD
Tenho uma amiga que sempre me fala que a vida não é bolinho, que é, na verdade um canteiro de rosas! E eu me rendi a essa teoria, porque sim, há meses em que no roseiral só podemos ver e sentir os espinhos, mas os meses em que as rosas aparecem.... ah, a beleza compensa tudo o mais!

Mega xêros cheios de saudades!
Paty

Luci Cardinelli disse...

Fico feliz por ler esse post, principalmente o último parágrafo. É claro que nunca vamos estar felizes 100% do nosso tempo, até porque é nesses momentos que nos renovamos, aprendemos, reciclamos. Somos feitos de diversas emoções e sentimentos e todos devem ser sentidos e vividos no seu momento. Porém procuro ter sempre em mente uma frase de Drummond " A dor é inevitável, o sofrimento é opcional "

beijos com pitadas de felicidade

Bel disse...

Preciso dizer que concordo com tudo, tudinho???
E, sim, 2012 não vai ser o fim do mundo, vai ser o melhor ano até agora!!!

Beijoooooo

Celina Dutra disse...

Para mim ser feliz independe de aleria, tristeza, preocupação. Felicidade é estado de espírito que não se abala. Sou feliz, sim, o tempo inteiro, mas choro de tristeza ou de alegria. Isso passa. Sofro com preocupações, isso também passa. Chegam outras tristezas, alegrias e preocupações. O importante é que no mais intimo de mim, sou imensamente, prazerosamente feliz, de doer!
Girassóis nos seus dias. Beijos.

Marion disse...

Adorei ler... meu ano foi ótimo, pq ao final do ano passado também tomei algumas decisões. E isso faz a diferença mesmo! Abs. Marion

Carol disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carol disse...

Concordo totalmente com você,Patrícia.
Vivi 3 anos de altos e muitos baixos, tanto que já estava desesperada, sem conseguir enxergar uma possível "luz no fim do túnel", até o momento em que fui suurpreendida esse mês pela notícia mais esperada desses anos e sem eu ter procurado.
Nada na vida é pra sempre, nem momentos bons e nem ruins e dos ruins, principalmente, tiramos lições.Quando tudo isso passar, você vai perceber o quanto você amadureceu e aprendeu.
Energias positivas para você, sua família e sua casa!! =)
Bjinhos

Profe Janete disse...

Parabéns pelas postagens!!!