Leo era um menino muito esperto, que gostava de brincar de bola, ver tv e comer sorvete com calda de chocolate.
Só que Leo tinha medo. Medo de escuro, de monstro e de barata. De ladrão e de injeção. Tinha medo do barbeiro, quando ia cortar o cabelo. Tinha medo de mergulhar no mar, quando ia passear na praia.
Tinha medo da diretora, que achava que era uma bruxa e que pegava as crianças com a sua vassoura. Até de cachorro, Leo tinha medo!
E esse medo, danado, resolveu que queria ficar no Leo pendurado.Ora, vê se pode! Um menininho tão pequenino, com um medo tão grande agarrado no pescoço!
Com o medo no cangote, Leo vivia escondido, encolhido, aflito que só vendo e que o medo, a cada dia, vinha crescendo.
E como ele pesava! Deixava Leo tão cansado, que um dia o menino resolveu que não queria mais sair de casa.
- Mas como? - brigou a mãe - Você tem que ir estudar!
Mas como ir para escola se o medo estava lá, pendurado no menino. Mal deixando ele andar.
O pai ficou preocupado.
- Melhor levá-lo ao médico. Vai ver está doente.
O médico olhou, examinou, cutucou e deu o diagnóstico.
- Esse menino não tem nada. É só dar vitamina.
Agora a coisa complicou. A mãe achando que era manha, o pai, mal-criação. Leo cada vez mais encolhido e o medo cada vez maior, pois não é que Leo também passou a ter medo de médico?
Um dia a Vovó Efigênia foi visitar o menino. E com o olhar, que só as avós podem ter, enxergou o que realmente estava acontecendo com Leo!
- Que doença, mal-criação, manha, que nada! Esse menino está é com um medo pendurado no pescoço!
- Medo pendurado no pescoço? Essa minha mãe tem cada uma! - riu o pai
Mas Leo sabia que a vovó estava com a razão e se desencolheu um pouco para perguntar para a ela como é que se livrava do medo.
Para tirar medo de menino, tem que tomar engraçado.
- Engraçado? Mas o que é isso? - quis saber o menino.
- É um remédio mágico, que acaba com o medo!
- Mas, Vó, também tenho medo de remédio!
- Imagina que é uma bala do seu sabor preferido.
Leo fechou os olhos e pimba! O remédio tinha se transformado numa bala com gosto de sorvete de morango, com calda de chocolate. - hummmm, que gostoso! - ele exclamou, tomando o remédio todinho.
- Agora me diga, querido, o que mais você tem medo?
- De todos os medos que tenho, o maior de todos é o monstro que fica escondido no armário e de noite me espia com olhos brilhantes. - e só de pensar nisso, Leo se encolheu um pouco mais.
- E se esse monstro terrível estivesse fantasiado de baiana dançando em cima da cama.
- Há há há há ha - gargalhou Leo. - que engraçado... E perdeu o medo do monstro!
Ora, mas não é que o medo pendurado no pescoço do menino diminuiu um pouco! Então a vó Efigênia começou a perguntar dos outros medos, e em todos ela botava uma fantasia, foi assim que o ladrão que entrava pela cozinha, tinha nariz e pés de palhaço e tropeçava no tapete, caindo no prato de sopa e fugia gritando: - Está quente! Esta quente!
A diretora da escola se transformou numa fada, encantada, que de dia era bruxa, mas uma bruxa boazinha que fazia poções de conhecimento para as crianças. O médico era o Sr. Pirulito e o dentista o Sr. Chocolate.
Quando a tarde chegou, a surpresa: o medo tinha encolhido tanto, mas tanto, que agora cabia no bolso de Leo. Agora ele não precisava mais ficar encolhido! Com o medo dentro do bolso, ele podia brincar, correr, ir para a escola!
Ele ficou tão feliz, mais tão feliz, que não parava de dar beijos na vovó.
____________________________________________________Só que Leo tinha medo. Medo de escuro, de monstro e de barata. De ladrão e de injeção. Tinha medo do barbeiro, quando ia cortar o cabelo. Tinha medo de mergulhar no mar, quando ia passear na praia.
Tinha medo da diretora, que achava que era uma bruxa e que pegava as crianças com a sua vassoura. Até de cachorro, Leo tinha medo!
E esse medo, danado, resolveu que queria ficar no Leo pendurado.Ora, vê se pode! Um menininho tão pequenino, com um medo tão grande agarrado no pescoço!
Com o medo no cangote, Leo vivia escondido, encolhido, aflito que só vendo e que o medo, a cada dia, vinha crescendo.
E como ele pesava! Deixava Leo tão cansado, que um dia o menino resolveu que não queria mais sair de casa.
- Mas como? - brigou a mãe - Você tem que ir estudar!
Mas como ir para escola se o medo estava lá, pendurado no menino. Mal deixando ele andar.
O pai ficou preocupado.
- Melhor levá-lo ao médico. Vai ver está doente.
O médico olhou, examinou, cutucou e deu o diagnóstico.
- Esse menino não tem nada. É só dar vitamina.
Agora a coisa complicou. A mãe achando que era manha, o pai, mal-criação. Leo cada vez mais encolhido e o medo cada vez maior, pois não é que Leo também passou a ter medo de médico?
Um dia a Vovó Efigênia foi visitar o menino. E com o olhar, que só as avós podem ter, enxergou o que realmente estava acontecendo com Leo!
- Que doença, mal-criação, manha, que nada! Esse menino está é com um medo pendurado no pescoço!
- Medo pendurado no pescoço? Essa minha mãe tem cada uma! - riu o pai
Mas Leo sabia que a vovó estava com a razão e se desencolheu um pouco para perguntar para a ela como é que se livrava do medo.
Para tirar medo de menino, tem que tomar engraçado.
- Engraçado? Mas o que é isso? - quis saber o menino.
- É um remédio mágico, que acaba com o medo!
- Mas, Vó, também tenho medo de remédio!
- Imagina que é uma bala do seu sabor preferido.
Leo fechou os olhos e pimba! O remédio tinha se transformado numa bala com gosto de sorvete de morango, com calda de chocolate. - hummmm, que gostoso! - ele exclamou, tomando o remédio todinho.
- Agora me diga, querido, o que mais você tem medo?
- De todos os medos que tenho, o maior de todos é o monstro que fica escondido no armário e de noite me espia com olhos brilhantes. - e só de pensar nisso, Leo se encolheu um pouco mais.
- E se esse monstro terrível estivesse fantasiado de baiana dançando em cima da cama.
- Há há há há ha - gargalhou Leo. - que engraçado... E perdeu o medo do monstro!
Ora, mas não é que o medo pendurado no pescoço do menino diminuiu um pouco! Então a vó Efigênia começou a perguntar dos outros medos, e em todos ela botava uma fantasia, foi assim que o ladrão que entrava pela cozinha, tinha nariz e pés de palhaço e tropeçava no tapete, caindo no prato de sopa e fugia gritando: - Está quente! Esta quente!
A diretora da escola se transformou numa fada, encantada, que de dia era bruxa, mas uma bruxa boazinha que fazia poções de conhecimento para as crianças. O médico era o Sr. Pirulito e o dentista o Sr. Chocolate.
Quando a tarde chegou, a surpresa: o medo tinha encolhido tanto, mas tanto, que agora cabia no bolso de Leo. Agora ele não precisava mais ficar encolhido! Com o medo dentro do bolso, ele podia brincar, correr, ir para a escola!
Ele ficou tão feliz, mais tão feliz, que não parava de dar beijos na vovó.
Em homenagem ao DIA DAS CRIANÇAS - escrevi essa história para mamães e papais lerem pros seus filhotinhos. O meu adora e é claro, se identifica com o Leo.
E como hoje também é o Dia Nacional da Leitura, a ilustração de Marcelo Daltro homenageia as duas datas e você também pode homenagear, dando um livro de presente!
E como hoje também é o Dia Nacional da Leitura, a ilustração de Marcelo Daltro homenageia as duas datas e você também pode homenagear, dando um livro de presente!
6 comentários:
Paty,
Que delícia de conto, dá para reviver os bons momentos da infância, principalmente os medos, que hoje damos risadas, mas que antes éramos como Leo. Ainda bem, que existem vovós maravilhosas, né?
Ilustração linda, talento é de família!
Beijos.
Adorei a histórinha!
Linda!
Vou dividir com meu filho!
Beijo!
Tia Patrícia,
Você é a melhor "inventadora" e contadora de história que eu já conheci. Merece nota 100!
Quero ouvir outras histórias.
com muitos beijos
Felipe Lopes Branco - Filho com DNA Alienígena
Frô, eu adoro teus contos, suas estórias me deixam viajando e é sempre tão bom! ;oD
ilhotinho tem mais que gostar mesmo. Imagino puxar o talento da mãe com as palavras e do pai pro desenho.. Liindo hem.
Parabéns e que tenha tido um excelente dia das crianças. ;o)
Xerinhos
Paty
Me lembrei de "Monstros SA", onde os monstros é que tinham medo das crianças!
Adorei a história, será que eu lembro, pra contar quando encontrar uma criança com medo???
Bjooo
Adorei, vou contar essa história para a Sofhia que é uma medrosa compulsiva, beijos
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